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As tropas francesas na Costa do Marfim têm o direito de se defender se forem atacadas, disse a ministra do Exterior da França, Michele Alliot-Marie, neste domingo.

"Se eles forem diretamente atacados, há o direito de legítima defesa," afirmou ela numa entrevista ao canal TV5, à rádio RFI e ao jornal Le Monde.

Ela declarou que regras internacionais sobre autodefesa se aplicam aos 950 soldados franceses na Costa do Marfim, antiga colônia francesa.

No entanto, as tropas não agiriam para separar os dois lados rivais marfinenses em caso de violência, disse a ministra, pois essa responsabilidade seria da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país, que contam com cerca de 10 mil homens.

Laurent Gbabo, líder no poder da Costa do Marfim, disse à França e às Nações Unidas para deixarem o país. O secretário-geral da ONU Ban Ki-moon rechaçou a ideia.

A ministra Alliot-Marie afirmou não fazer sentido a saída das tropas internacionais da Costa do Marfim e disse que Gbagbo enfrentaria sanções internacionais se não aceitasse a derrota nas eleições de 28 de novembro e deixasse o poder.

Gbagbo e o seu rival, Alassane Ouattara, afirmam ter vencido o pleito. As Nações Unidas, os Estados Unidos, a União Européia, a União Africana e o bloco regional do oeste africano (ECOWAS, na sigla em inglês) cobram que Gbagbo reconheça Ouattara como o vencedor e aceite uma proposta de exílio.

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