As forças de segurança francesas reforçaram a segurança de locais públicos para o feriado de Natal nesta terça-feira (23), após três atos de violência separados em três dias que deixaram um morto e cerca de 30 feridos e aumentaram os temores sobre ataques de radicais islâmicos.
Na noite de segunda-feira (22), um homem jogou uma van sobre um mercado lotado por consumidores de Natal na cidade de Nantes, ferindo 10 pessoas. Uma das vítimas, um homem de 25 anos, morreu em decorrência dos ferimentos. O motorista da van sobreviveu e estava sendo interrogado pela polícia.
O incidente aconteceu um dia após um outro homem, gritando "Allahu Akbar" ("Deus é o maior"), ferir 13 pessoas em um ataque semelhante na cidade de Dijon. No sábado, um agressor que também gritava "Allahu Akbar" foi alvejado após esfaquear três policiais na região central da França.
"O que estamos vendo com os incidentes em Dijon e Nantes é que eles estão criando reações repetidas", disse o primeiro-ministro Manuel Valls após determinar o envio de 200 a 300 soldados extras para patrulharem zonas como a avenida Champs-Elysees, em Paris, e os principais bairros de lojas. Cerca de 780 soldados já haviam sido enviados para realizar patrulha nas ruas.
A França já estava em estado de alerta após os chamados feitos este ano por militantes pedindo ataques contra cidadãos e interesses franceses em represália pelos ataques militares do país a redutos islâmicos no Oriente Médio e na África.
Morte
Uma das pessoas que foi atropelada ontem no mercado de Natal de Nantes, no noroeste da França, por um homem que invadiu o local com seu carro, morreu nesta terça-feira, informou a procuradora da cidade, Brigitte Lamy.
Trata-se de um jovem de 25 anos que vivia nos arredores de Nantes e que morreu por causa do traumatismo craniano que sofreu durante o violento fato da véspera, disse Lamy à imprensa.
Outras três pessoas permanecem em estado grave, embora não corram risco de morte, acrescentou a procuradora, que destacou também que o agressor, que esfaqueou a si mesmo 14 vezes após cometer o ato violento, não corre risco de morrer.