A França vai adotar medidas para reforçar a segurança em torno de suas 58 usinas nucleares, disse nesta sexta-feira o ministro do Interior, Claude Guéant, ao diário Le Parisien, depois que ativistas do Greenpeace conseguiram entrar em duas centrais no mês passado.
Numa tentativa de demonstrar a fraqueza da segurança, no dia 5 de dezembro alguns ativistas entraram na usina nuclear de Nogent, perto de Paris e subiram em uma das instalações que abrigam um reator, ao mesmo tempo que outros conseguiam fazer o mesmo na usina nuclear de Cruas, no sudeste da França.
"Essa intrusão mostrou pontos fracos no entorno das usinas e nós identificamos, em cada lugar, alguns problemas que na maior parte têm a ver com detalhes, mas não deveriam existir", declarou Guéant ao jornal, em uma entrevista.
Ele afirmou que será melhorada a cooperação entre os policiais que fazem a vigília da área de proteção externa das usinas e os agentes de segurança no seu interior. Além disso, novos equipamentos de vigilância, incluindo câmeras, serão instalados em todas as usinas onde houver lacunas.
Os ativistas do Greenpeace que entraram nas instalações nucleares serão processados e o governo está tentando tornar mais duras as penalidades para ações desse tipo, para evitar futuras invasões.
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