O governo socialista da França não vai renunciar a vai seguir adiante com cortes de impostos e outras reformas, apesar da vitória histórica da extrema direita do país nas eleições para o Parlamento Europeu, afirmou o primeiro-ministro Manuel Valls.
O presidente da França, François Hollande realizou uma reunião emergencial com ministros na manhã desta segunda-feira para elaborar uma resposta à derrota imposta ao seu partido pela Frente Nacional, um partido contrário à União Europeia e anti-imigração. As próximas eleições presidenciais e legislativas na França estão marcadas para 2017, mas o resultado das eleições deste fim de semana dão força à líder da Frente Nacional, Marine Le Pen.
Valls explicou a derrota do Partido Socialista como um sinal de que a França "está há muito tempo em uma crise de identidade, uma crise sobre o lugar da França na Europa e sobre o lugar da Europa no país". Em entrevista à rádio RTL, Valls disse que a Europa precisa de "outra orientação" para combater o aumento do populismo, mas não especificou como.
Apesar de não ter anunciado grandes mudanças políticas, Valls afirmou que o resultado das eleições mostra a necessidade de o governo seguir adiante com os cortes de impostos e de gastos para impulsionar a economia. Os socialistas tiveram na eleição ao Parlamento Europeu deste fim de semana o pior resultado da sua história.