O gabinete do primeiro-ministro da França, François Fillon, confirmou a suspensão das exportações de armamentos e de gás lacrimogêneo franceses para o Egito. Segundo um funcionário do gabinete, a decisão foi tomada em uma reunião do governo no dia 27 de janeiro.
Recentemente, o governo da França enfrentou constrangimento com a revelação de que o país havia oferecido equipamentos para "manutenção da ordem pública" ao governo da Tunísia, ex-colônia francesa no norte da África, durante a onda de protestos que levaria à renúncia do presidente Zine Abidine Ben Ali.
Em 26 de janeiro, durante um debate no Parlamento, Fillon admitiu que quatro embarques de armas francesas haviam sido feitos para a Tunísia entre o fim de dezembro e o começo de janeiro, quando já haviam começado as manifestações populares contra o regime de Ben Ali, que estava no poder desde 1987.
Segundo o deputado Jean-Marc Ayrault, líder da bancada do Partido Socialista Francês no Parlamento, o último embarque de armas do país para a Tunísia acabou sendo bloqueado pela Alfândega francesa em 14 de janeiro - o mesmo dia em que Ben Ali deixou o poder e fugiu para a Arábia Saudita. As informações são da Associated Press.
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