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Milhares de pessoas foram às ruas em várias cidades francesas nesta segunda-feira (9) para expressar solidariedade a Israel. A mobilização ocorre dias após o ataque do grupo terrorista palestino Hamas contra o território israelense, que desencadeou um novo conflito sangrento no Oriente Médio.
A maior manifestação pró-Israel ocorreu na capital do país, Paris, e contou com a presença de membros do governo de Emmanuel Macron, como o porta-voz Olivier Veran. Além disso, o ex-presidente Nicolas Sarkozy (2007-2012) também marcou presença nos atos.
Outras mobilizações foram registradas nas cidades de Marselha, Nice, Nancy, Lille, Montpellier e Bordeaux, refletindo a diversidade geográfica do apoio manifestado pelos franceses.
O ex-presidente Sarkozy condenou veementemente os ataques do Hamas contra Israel, chamando-os de "barbárie". Durante a manifestação, também houve expressões de descontentamento em relação ao líder esquerdista Jean-Luc Mélenchon, acusado de ambiguidade em sua declaração sobre o ataque terrorista.
Enquanto as manifestações pró-Israel estavam em marcha nas ruas francesas, autoridades do país deflagraram uma operação para deter dez pessoas que tinham conexões diretas com atos antissemitas, que vem crescendo na França desde o ataque terrorista do Hamas ocorrido no último sábado (7).
O ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, confirmou que houve um aumento considerável no número de atos de antissemitismo no país desde sábado. Ao todo, foram registrados nos últimos dias 20 incidentes envolvendo atos de antissemitismo na França, que incluíam ameaças a sinagogas e a frequentadores de lojas judaicas.
Darmanin classificou o aumento dos casos como “dramático”.
A França abriga a segunda maior população judaica do mundo depois de Israel e dos Estados Unidos. A Torre Eiffel, símbolo icônico de Paris, está iluminada em azul e branco em solidariedade a Israel. (Com Agência EFE)