Paris (EFE) – O ministro francês de Agricultura, Dominique Bussereau, tentou minimizar ontem os temores sobre o possível contágio humano da gripe aviária a partir de gatos, que causaram uma onda de abandonos destes animais. "Não há nenhuma razão para abandonar os gatos ou outros animais doméstico, nem mesmo nas zonas afetadas pela gripe aviária", disse Bussereau em comunicado, no qual citava o relatório emitido na semana passada pela Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Alimentos (AFSSA).

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O ministro lembrou que, nas áreas do país onde houve registro de aves portadoras do vírus H5N1, pede-se aos proprietários de gatos que os mantenham dentro das casa e que, no caso de transportá-los, o façam em caixas ou em veículos. A Sociedade Protetora dos Animais (SPA) lançou ontem uma mensagem para denunciar a onda de abandonos de gatos, em meio ao pânico gerado a partir do caso de um destes mamíferos morto pelo vírus da gripe aviária em uma ilha do norte da Alemanha. A SPA indicou que, somente no sábado, havia recolhido 40 gatos abandonados em seu escritório de Brignais, perto de Lyon, na área onde foi registrado o primeiro caso identificado na França de uma ave contaminada com o H5N1, e onde depois se identificou uma criação de gado também contaminada.

Em seu anúncio da semana passada, a AFSSA lembrou que não se tem notícia até o momento que nenhuma das pessoas portadoras de gripe aviária tivessem sido contaminadas por animais carnívoros, como gatos. Por isso, a Agência destacou que "o risco de infecção de uma pessoa a partir de um gato pode ser considerado nulo ou desprezível".

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Reação

Na Alemanha, a reação do governo foi mais drástica. As autoridades defenderam o extermínio de todos os gatos de rua, numa medida para impedir a disseminação da doença.

Também foi recomendado à população que mantenha seus gatos de estimação confinados.

Dos três gatos que inicialmente testaram positivo para o H5N1 num abrigo de animais na Áustria, dois revelaram não serem mais portadores do vírus num segundo exame. Os especialistas pretendem repetir os exames nos próximos dias para verificar se o vírus realmente desapareceu.