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Uma funcionária da polícia morreu após ser esfaqueada em uma delegacia em Rambouillet, sudoeste de Paris, na França, nesta sexta-feira (23). O caso está sendo investigado pelas autoridades francesas como um ato de terrorismo.
A funcionária administrativa, de 49 anos, morreu após levar uma facada no pescoço. O agressor, um homem de 36 anos de origem tunisiana, foi baleado por policiais e morreu em seguida no hospital. O crime ocorreu na entrada da delegacia quando a funcionária chegava ao local após uma pausa, por volta de 14:20 (9:20 em Brasília). Segundo testemunhas, o homem estava andando por volta da estação policial e aproveitou para passar pela porta de segurança quando a vítima entrava.
Promotores decidiram abrir uma investigação de terrorismo devido a comentários feitos pelo criminoso durante o ataque e pelo fato de a vítima ser uma policial. Fontes próximas à investigação disseram aos jornais locais que o homem gritou "Allahu Akbar" (Deus é o maior) durante o ataque.
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse pelo Twitter que "na luta contra o terrorismo islâmico, nós não desistiremos", acrescentando que a nação francesa está ao lado das forças policiais e de colegas e familiares da vítima.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, e o ministro do Interior, Gerald Darmanin, foram ao local do crime na tarde desta sexta-feira. Em entrevista coletiva, Castex descreveu o crime como "um ato bárbaro de crueldade sem limites".
O ataque reacendeu o trauma de uma série de ataques realizados por radicais islâmicos na França no ano passado. Em outubro de 2020, o professor Samuel Paty foi assassinado por um militante islâmico também no Departamento de Yvelines, onde fica a comuna de Rambouillet. O caso ocorreu após uma campanha online contra o professor, que teve início com acusações falsas de uma estudante de 13 anos.