Articulação
Brasil intensificará campanha por novo status à Palestina
Defensor da concessão aos palestinos do status de Estado -observador da ONU como o do Vaticano o Brasil intensificará as articulações para que a proposta seja aprovada amanhã pela Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O foco de atuação brasileira será os países latino-americanos, que resistem à ideia e dão sinais de que acompanharão os Estados Unidos e Israel, entre os quais México, Panamá e Colômbia. O compromisso de angariar apoio à Palestina entre os latinos foi firmado pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, em outubro passado.
O ministro da Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, disse ontem que a França votará a favor do reconhecimento de um novo status para a Palestina na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A votação está marcada para amanhã.
Fabius afirmou à Assembleia Nacional francesa que o país tem apoiado a ambição palestina e "responderá sim" quando o tema for indicado para votação, "sem preocupações de coerência".
Com o anúncio, a França, membro permanente do Conselho de Segurança, se torna o primeiro grande país europeu a se manifestar publicamente a favor de um novo status na ONU para os palestinos. A decisão francesa representa um revés para Israel, que rejeita a ideia.
Em Nova York, o observador palestino na ONU, Riyad Mansour, previa ontem que "um evento histórico acontecerá" amanhã", quando o status da Palestina como "Estado" observador da ONU será colocado em votação pela Assembleia-Geral.
Atualmente, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é considerada uma "entidade" observadora na ONU, com direito a voz, mas não a voto. Para obter a promoção de "entidade" para "Estado" observador, os palestinos precisam da maioria dos votos dos 193 membros da Assembleia-Geral da ONU.
Como 131 países já reconheceram o Estado palestino e 107 votaram a favor da inclusão da Palestina como membro pleno da Unesco, a expectativa é de que o no status seja aprovado com folga.
Arafat
O corpo de líder palestino Yasser Arafat foi novamente sepultado ontem algumas horas depois de ter sido exumado na Cisjordânia. A exumação faz parte de investigações sobre as causas da morte do histórico líder, morto em 2004. Há suspeitas de que Arafat tenha sido envenenado.
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