Um cientista diz ter encontrado um indício que pode mudar a história da pintura mais famosa do mundo. Segundo Pascal Cotte, há um desenho de outra mulher sob a “Mona Lisa”, obra-prima de Leonardo Da Vinci.
Estudiosos sustentam que o famoso quadro seria um retrato de Lisa Gherardini, esposa de um comerciante de Florença -- ele foi feito entre 1503 e 1517. Porém, se a evidência se confirmar, um novo capítulo na história da arte deve se abrir. A nova teoria foi mostrada em um documentário da BBC nesta semana.
Cotte diz ter estudado a obra por mais de 10 anos -- desde 2004 -- e usou tecnologia de luzes para analisar e recriar camadas mais profundas da pintura. Basicamente, ele direciona uma série de luzes intensas na tela e uma c^era processa medições feitas dos reflexos.
Ele afirma que Da Vinci pintou outra pessoa, não Lisa Gherardini. “Eu estava de frente para o retrato e ele era totalmente diferente do desenho de hoje. Não era a mesma mulher”, disse.
Isso porque a imagem que aparece nas subcamadas da tela é de uma mulher muito mais séria e sem o sorriso enigmático que imortalizou a obra. Além disso, ela está olhando para o lado, sua cabeça e nariz são mais alongados e as mãos maiores. Os lábios também são diferentes: menores do que os representados no de hoje.
Um historiador e apresentador da BBC disse que “se a imagem computadorizada for o retrato original da Mona Lisa, seu marido nunca o recebeu”. “Em vez disso, da Vinci seguiu e fez a famosa pintura em cima da antiga”, disse Andrew Graham Dixon.
Ele sustenta que as autoridades relutarão em aceitar esta análise. “Provavelmente haverá alguma relutância em mudar o título do quadro, porque é disso que estamos falando - é ‘Adeus, Mona Lisa, ela é outra pessoa’”, decreta.
E Graham Dixon parece estar certo . “Não vejo as imagens como um retrato diferente. Acho que era um processo contínuo de evolução [da pintura]. Estou convencido de que a Mona Lisa é a Lisa [Gherardini]”, disse Martin Kemp, professor emérito de História da Arte da Universidade de Oxford.
O Museu do Louvre, detentor da obra se recusou a comentar o estudo.