Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Sem condução

Franceses e Sarkozy enfrentam nova greve por tempo indeterminado

 | Sossella
(Foto: Sossella)

Os sindicatos ferroviários iniciaram uma greve por tempo indeterminado às 20h (17h, horário de Brasília) contra uma proposta de reforma previdenciária para o funcionalismo público. Além disso, os funcionários do transporte público de Paris, da empresa de energia EDF e da companhia de gás GDF devem começar uma paralisação nesta quarta-feira. A greve acontece seis meses depois de o presidente francês, Nicolas Sarkozy, ser eleito prometendo romper com um modelo ainda bastante dependente do Estado.

A SNCF, estatal do setor ferroviário, disse que apenas 90 dos 700 trens expressos intermunicipais devem funcionar durante a greve, e que somente 10 % dos ônibus e metrôs circularão em Paris na quarta-feira.

Sarkozy já afirmou que as portas do diálogo permanecem abertas, mas insistiu que não vai recuar em relação aos principais pontos das reformas no chamado "regime especial" de aposentadorias.

- Se essa reforma não for feita hoje, ninguém pode garantir que em 10 ou 15 anos suas aposentadorias ainda poderão ser pagas - disse o ministro do Trabalho, Xavier Bertrand, ao canal de TV France 2.

Criado após a Segunda Guerra Mundial para trabalhadores em funções especialmente desgastantes, o regime especial permite que alguns funcionários públicos se aposentem após 37,5 anos de contribuição, em vez de 40 anos.

O governo diz que esse sistema está ultrapassado, é injusto e exigirá, só neste ano, uma injeção de 5 bilhões de euros (7,3 bilhões de dólares).

Uma pesquisa do instituto LH2 divulgada no jornal esquerdista Libération mostrou que 59 por cento dos franceses apóiam a proposta de Sarkozy. Outra pesquisa, feita pelo BVA e publicada no jornal econômico Les Echo, indicou que 55 por cento consideram a greve injustificada.

Pouco antes de a greve iniciar, estudantes entraram em confronto com policiais no campus universitário de Nanterre, ao oeste de Paris.

Eles protestavam contra uma nova lei que abre caminho para que as universidades públicas cobrem mensalidades e aceitem doações privadas.

Os estudantes queriam que o protesto fosse uma introdução às greves.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.