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Clientes de bar em Paris assistem ao anúncio do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre medidas de combate ao coronavírus, 12 de julho
Clientes de bar em Paris assistem ao anúncio do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre medidas de combate ao coronavírus, 12 de julho| Foto: EFE/EPA/YOAN VALAT

Manifestantes protestaram nesta quarta-feira (14) em Paris contra o plano do presidente da França, Emmanuel Macron, de combater o aumento de casos de Covid-19 no país que inclui a exigência de certificado de vacinação ou de teste negativo para coronavírus para a entrada em bares, restaurantes e cinemas a partir do mês que vem. Houve choques entre policiais e manifestantes.

Macron anunciou na segunda-feira novas medidas para conter o avanço de contágios de coronavírus, atribuído à circulação da variante delta do vírus, que é mais transmissível. O novo plano francês exige que lojas, bares, restaurantes, cafés, trens e ônibus de longa distância e outros estabelecimentos verifiquem o certificado de vacinação contra Covid-19 dos clientes a partir de agosto, ainda sem data definida.

Já para espetáculos, shows, festivais e parques de diversão, as medidas valem a partir de 21 de julho. Os trabalhadores de locais que atendem ao público terão até 30 de agosto para se vacinar, ou terão que fazer testes de coronavírus a cada dois dias para continuar trabalhando.

Após os anúncios feitos por Macron, que tornarão a vida cotidiana mais difícil para quem não for vacinado, houve uma avalanche de pedidos de vacinação (mais de 2,3 milhões em 24 horas) e uma aceleração sem precedentes nos centros de vacinação.

O Ministério da Saúde disse que mais de 400 mil doses de vacinas contra o coronavírus foram administradas nesta quarta-feira, dia do feriado nacional da Queda da Bastilha, metade do recorde de 800 mil injeções em um dia, quebrado nesta terça.

Críticos do plano dizem que o presidente viola liberdades individuais e promove discriminação contra os que não querem ser vacinados.

A polícia usou gás lacrimogêneo contra grupos de manifestantes que queimaram uma escavadeira e derrubaram latas de lixo, noticiou a Reuters. Também houve protestos em outras cidades francesas.

Aumento de casos

O Ministério da Saúde da França reportou nesta quarta-feira 8.875 novas infecções por coronavírus nas últimas 24 horas, o que significa que o número mais que dobrou em uma semana e confirma os temores da chegada de uma quarta onda de contágio.

No site dedicado às estatísticas relacionadas à pandemia, o governo informou que desde o início dos registros, em fevereiro de 2020, foram contados 5.829.724 casos. Nesta terça-feira, 6.950 contágios haviam sido reportados, um número significativamente maior do que na véspera.

Por outro lado, o número de mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas foi de seis, contra 22 desta terça-feira. O total de vítimas do vírus SARS-CoV-2 em território francês é de 111.413, e há 7.047 pessoas internadas com a doença, 29 a menos que ontem. Entre esses pacientes, 931 estão em unidades de terapia intensiva, dois a menos que na véspera.

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