Papa Francisco gesticula durante a audiência semanal na Praça de São Pedro, no Vaticano| Foto: Stefano Rellandini/Reuters

2 religiosas latino-americanas e um grupo de mártires italianos serão os primeiros santos canonizados pelo papa Francisco, no próximo dia 12 de maio. As latinas são a colombiana Laura de Santa Catarina de Sena (1874-1949), fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias da Beata Virgem Maria Imaculada, e a mexicana Maria Guadalupe (1878-1963), que participou na criação da Congregação das Servas de Santa Margarida Maria e dos Pobres.

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O papa Francisco enfatizou ontem a importância "fundamental" das mulheres na Igreja Católica, dizendo que elas foram as primeiras testemunhas de Cristo e têm um papel especial na divulgação da fé.

A decisão do pontífice tomada há uma semana de incluir mulheres em um ritual tradicional do lava-pés atraiu a ira dos tradicionalistas, que veem o costume como uma encenação de Jesus lavando os pés dos seus apóstolos e disse que o ato deveria, portanto, ser limitado a homens.

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Francisco, eleito no mês passado como o primeiro papa não europeu em 1.300 anos, afirmou que as mulheres sempre tiveram uma missão especial na Igreja como "as primeiras testemunhas" da ressurreição de Cristo, também porque passam a crença a seus filhos e netos.

"Na Igreja, e no caminho da fé, as mulheres tiveram e ainda têm um papel especial em abrir portas para o Senhor", disse Francisco a milhares de peregrinos em sua audiência semanal na Praça de São Pedro.

Ele disse que, na Bíblia, as mulheres não foram registradas como testemunhas da ressurreição de Cristo por causa da lei judaica da época que não considerava as mulheres ou crianças como testemunhas confiáveis.

"Nos Evangelhos, no entanto, as mulheres têm um papel primário, fundamental. Os evangelistas simplesmente narraram o que aconteceu: as mulheres foram as primeiras testemunhas. Isso nos diz que Deus não escolhe de acordo com critérios humanos", disse o papa.