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Suellen Tennyson havia sido capturada em abril: suspeita é de ação de jihadistas, cujos ataques têm aumentado no país
Suellen Tennyson havia sido capturada em abril: suspeita é de ação de jihadistas, cujos ataques têm aumentado no país| Foto: Reprodução/NBC

A freira americana de 83 anos que foi sequestrada por homens armados em abril na região centro-norte de Burkina Faso foi libertada, confirmou nesta quarta-feira (31) o bispo da cidade de Kaya, Théophile Nare.

“Com grande alegria e gratidão a Deus, informamos a todos que a irmã Suellen Tennyson, a freira mariana sequestrada em Yalgo na noite de segunda-feira, 4 de abril para terça-feira, 5 de abril de 2022, foi libertada por seus captores”, disse o bispo de Kaya, uma cidade da região centro-norte a cerca de 100 quilômetros de Uagadugu, capital de Burkina Faso.

“A irmã Suellen está atualmente em um lugar seguro e com boa saúde”, acrescentou Nare em comunicado, observando que não tinha “nenhuma informação sobre as condições de sua libertação”.

Tennyson, da Congregação das Irmãs Marianas da Santa Cruz, morava em Yalgo desde outubro de 2014, a cerca de 110 quilômetros de Kaya.

No momento de seu sequestro, o bispo explicou que Suellen Tennyson foi levada “para um destino desconhecido por seus captores que, antes de sair, destruíram os quartos” e “sabotaram o veículo comunitário, que tentaram roubar”.

O sequestro da freira não foi reivindicado por nenhum grupo jihadista, mas os ataques em Burkina Faso são geralmente cometidos por grupos ligados tanto à Al-Qaeda quanto ao Estado Islâmico.

Após a libertação de Tennyson, cinco ocidentais permanecem reféns no Sahel central (Mali, Níger e Burkina Faso) após o sequestro do jornalista francês Olivier Dubois em abril de 2021 por um grupo afiliado à Al-Qaeda em Gao (norte do Mali).

Burkina Faso tem sofrido repetidos ataques jihadistas desde abril de 2015, quando membros de um grupo afiliado à Al-Qaeda sequestraram um segurança romeno em uma mina de manganês Tambao, no norte do país, que ainda está desaparecido.

A região mais atingida pela insegurança em Burkina Faso é o Sahel, que faz fronteira com Mali e Níger, embora o jihadismo também tenha se espalhado para outras áreas vizinhas e, desde 2018, para a região leste do país.

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