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clima

Frio causa mortes em vários países da Europa

Homem observa carro coberto de neve em Kiev, Ucrânia, onde as temperaturas chegaram a -20ºC | Sergei Supinsky/AFP
Homem observa carro coberto de neve em Kiev, Ucrânia, onde as temperaturas chegaram a -20ºC (Foto: Sergei Supinsky/AFP)

Pelo menos 95 pessoas já morreram na Europa por causa de uma onda de frio que baixou os termômetros no Leste do continente a -30ºC, causou caos nas estradas e apagões. A frente fria atípica deve se estender por todo território europeu e alcançar a Pe­­nínsula Ibérica e o Reino Unido nos próximos dias. Na Itália, a neve obrigou o fechamento de várias vias. A Ucrânia, país mais afetado, já registrou 43 mortes.

O Ministério para Emergên­­cias ucraniano divulgou ontem que 28 pessoas foram encontradas mortas nas ruas, oito em hospitais e outras sete em suas próprias casas. Mais de 720 ucranianos estão hospitalizados com hipotermia e queimaduras em decorrência do frio. A gravidade da situação fez com que o governo montasse mais de 1.730 postos para oferecer comida e aquecimento para moradores de rua.

Os hospitais do país foram orientados a não dar alta para pacientes sem teto para mantê-los em local seguro, de acordo com uma porta-voz do Ministério da Saúde.

Especialistas, porém, atribuem o alto número de mortes relacionadas ao frio a falhas do governo em lidar com os moradores de rua do país.

Bósnia, Polônia, Romênia, Sérvia e Bulgária também es­­tão sendo castigadas com o frio extremo e contabilizam dezenas de mortes.

Na Polônia, onde as temperaturas caíram durante a noite a até -30 graus Celsius em certas re­­­­giões, a polícia anunciou ter registrado mais cinco mortes até ontem, em particular no leste do país.

Além disso, 27 pessoas se intoxicaram com monóxido de carbono, como consequência de falhas no funcionamen­­to da calefação. Duas delas mor­­reram.

Na Rússia, apenas uma morte em Moscou foi atribuída ao frio até agora, apesar da temperatura ter chegado a -34°C em uma cidade da Si­­béria.

Gás

O frio intenso levou a Rússia a limitar a exportação de gás pa­­­­ra a Europa Ocidental para suprir o aumento da demanda interna.

Uma fonte Gaz­­prom, em­­presa que detém o monopólio das exportações de gás russo, disse que estava recebendo mais pedidos do que podia atender em razão do aumento da demanda na Rússia.

A companhia, entretanto, buscou tranquilizar os clientes. "Apesar do consumo de gás cada vez maior na Rússia em razão das fortes geadas, a Gaz­­prom continua a cumprir suas obrigações contratuais com os clientes europeus", afirmou a empresa por e-mail.

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