O inverno rigoroso nos Estados Unidos, com algumas regiões registrando ontem as temperaturas mais baixas em 20 anos, segue provocando caos no país. Economistas já falam que a atividade econômica pode ser afetada negativamente no primeiro trimestre de 2014, por conta da paralisação de parte da nação.
Voos cancelados, escolas e estradas fechadas, lojas vazias e ruas sem carros. Este é o cenário mostrado pelas televisões norte-americanas em boa parte da região central dos EUA. Em Chicago, a temperatura chegou a -27ºC na manhã de ontem, recorde histórico de baixa.
Por causa dos ventos, a sensação térmica em alguns locais pode passar dos 50ºC negativos. No estado de Indiana, todos os departamentos do governo estão fechados. Em Indianapolis, a prefeitura proibiu a circulação de carros nas ruas, a menos que seja por uma emergência.
Nos últimos quatro dias, cerca de 9 mil voos foram cancelados no país. Ontem, até as 15h45 (de Brasília), 3,4 mil voos já haviam sido cancelados, segundo o site FlightAware. Além disso, outros 3,1 mil voos estavam com partidas ou chegadas atrasadas.
Os economistas ainda não calcularam o impacto ou mudaram suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para o primeiro trimestre. Até porque a previsão é que o inverno rigoroso continue nos próximos dias, afetando comércio, indústria e serviços, além da agricultura. As montadoras já culparam o clima frio dos últimos dias de dezembro pelas vendas mais fracas de carros no mês passado.
Cerca de 30% do PIB dos EUA é sensível ao clima e a mudanças fortes de temperatura, concluiu um estudo da seguradora Allianz. O documento cita números do Departamento de Comércio dos EUA que mostram que 70% das empresas são diretamente afetadas por mudanças no clima.