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ajuda humanitária

Fronteira entre Venezuela e Colômbia tem confronto e deserção

 | Raul Arboleda/AFP
(Foto: Raul Arboleda/AFP)

Fortes confrontos ocorreram na tarde deste sábado em duas pontes da fronteira da Colômbia com a Venezuela, quando quatro caminhões e manifestantes tentaram romper o bloqueio militar para fazer entrar a ajuda humanitária. Militares e policiais lançaram gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, deixando ao menos seis feridos nas pontes Simón Bolívar e Santander, que ligam a cidade colombiana de Cúcuta a San Antonio e Ureña, na Venezuela. Na linha de frente, os manifestantes jogavam pedras para tentar forçar o recuo dos militares. A fronteira entre os dois países foi fechada na noite de sexta-feira por ordem do ditador Nicolás Maduro.

Os feridos são manifestantes que faziam parte de uma “corrente humanitária” para fazer passar a assistência. Momentos antes, o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, subiu em um dos caminhões em sinal de partida. “A ajuda humanitária está definitivamente a caminho da Venezuela, de maneira pacífica, para salvar vidas neste momento”, disse Guaidó.

Três caminhões com ajuda humanitária foram incendiados pelas forças de Maduro na ponte Santander. Vídeos feitos por manifestantes mostram os veículos em chamas e o esforço da população para salvar os pacotes com alimentos e medicamentos. “O regime usurpador se vale dos atos mais vis e tenta queimar um caminhão com ajuda humanitária que se encontra em Ureña. Nossos valentes voluntários estão fazendo uma corrente para proteger a comida e os remédios”, escreveu em uma rede social o presidente interino Juan Guaidó. “O regime usurpador viola o Protocolo de Genebra, no qual se diz claramente que destruir ajuda humanitária é um crime de lesa-humanidade”, afirmou Guaidó, em referência aos textos das Convenções de Genebra, que exigem a livre passagem de medicamentos.

Deserção

De acordo com o site venezuelano DolarToday, um pequeno tanque da Guarda Nacional Bolivariana chegou a romper barreiras instaladas por ordem de Maduro na Ponte Simón Bolívar para permitir a passagem de ajuda humanitária pela ponte. A ação acabou ferindo alguns venezuelanos que protestavam e pediam a abertura da ponte.

Segundo Informações do jornal The Washington Post, quatro membros da GNB abandonaram seus postos e cruzaram a fronteira com a Colômbia, sendo recebidos com abraços por soldados do país vizinho. Em comunicado, a agência colombiana de imigração afirmou que “Eles acabaram de desertar da ditadura de Nicolás Maduro”. O jornal venezuelano El Nacional, também citando a agência colombiana de imigração, afirma que seriam 23 os desertores, até as 17 horas de sábado (horário de Brasília), incluindo integrantes da GNB, da Polícia Nacional Bolivariana e das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas. Vários deles já teriam se encontrado com Juan Guaidó.

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