Lamborghini Veneto Roadster 2014 pertencia ao filho do ditador da Guiné Equatorial| Foto: FABRICE COFFRINI/AFP

Uma frota de supercarros confiscados em uma investigação sobre lavagem de dinheiro envolvendo o filho do ditador de Guiné Equatorial foi a leilão neste domingo na Suíça. No pacote, 25 carros de luxo vendidos por mais de US$ 27 milhões (R$ 112 milhões) pela casa de leilões Bonhams. "Os carros representam uma lista de marcas internacionais de prestígio e performance", informou um comunicado da Bonhams.

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A maior parte da frota pertence a Teodoro Obiang Mang, ex-vice-presidente de Guiné Equatorial e filho de Teodoro Nguema Obiang, ditador do país - Mang é o mesmo que foi flagrado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em setembro do ano passado com US$ 1,4 milhão em uma mala e 20 relógios avaliados em US$ 15 milhões na outra. Durante anos, o filho manteve uma vida luxuosa em uma mansão de 100 quartos na Avenida Foch, em Paris, regada a garrafas de Romanée-Conti carrões de luxo.

Em 2007, duas ONGs e uma associação de cidadãos congoleses apresentaram uma queixa contra três chefes de Estado africanos por desvio de dinheiro público. Foi quando autoridades começaram a apreender propriedades de Obiang, em 2011. Também foram apreendidos 11 carros de luxo, incluindo:

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  • 2 Bugatti Veyrons
  • 1 Mercedes Maybach
  • 1Aston Martin
  • 1 Ferrari Enzo
  • 1 Ferrari 599 GTO
  • 1 Rolls-Royce Phantom
  • 1 Maserati MC12
  • 1 Lamborghini Veneno

Em 2016, autoridades suíças confiscaram outros carros como parte de uma investigação de corrupção envolvendo o pai de Obiang e ordenaram a apreensão de um iate. Segundo o jornal Le Monde, a coleção de arte do ditador inclui quadros de Degas e cinco trabalhos de Rodin.

O leilão de sua coleção de carros de luxo aconteceu em um mosteiro localizado no Bonmont Golf Country Club, em Genebra. Entre os modelos leiloados havia um Lamborghini Veneno branco e creme, um dos nove carros criados para celebrar o aniversário de 50 anos da empresa. A previsão inicial era de vendê-lo por US$ 5 5 milhões, mas ele acabou arrematado por US$ 8,4 milhões.

O dinheiro arrecadado deve ser doado para uma instituição de caridade de Guiné Equatorial, um dos países mais pobres do mundo.