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Marinheiros venezuelanos fizeram uma salva de 21 tiros de festim de canhão enquanto o destróier atracava em La Guaira | Jorge Silva / Reuters
Marinheiros venezuelanos fizeram uma salva de 21 tiros de festim de canhão enquanto o destróier atracava em La Guaira| Foto: Jorge Silva / Reuters

Navios russos de guerra chegaram à Venezuela nesta terça-feira (25), em uma demonstração de força dirigida aos Estados Unidos, à medida que Moscou busca a expansão da sua influência na América Latina.

Marinheiros venezuelanos fizeram uma salva de 21 tiros de festim de canhão, enquanto o destróier Almirante Chabanenko atracava em La Guaira, perto de Caracas. Os marinheiros russos, vestidos com uniformes branco e preto, se alinharam no tombadilho da embarcação.

A chegada do destróier russo é o primeiro evento desse tipo no Caribe desde a Guerra Fria e foi planejada para coincidir com a visita do presidente russo Dmitry Medvedev a Caracas. Medvedev participou da cúpula do fórum para a Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (Apec) no final de semana passado em Lima (Peru) e nesta terça-feira está no Rio de Janeiro, no Brasil. Ele irá amanhã a Caracas.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, um adversário dos Estados Unidos, deu boas vindas aos navios russos, que participarão de manobras navais conjuntas com os venezuelanos.

Chávez quer que os russos construam um reator nuclear na Venezuela, invistam na exploração de petróleo e gás natural e apóiem seu movimento esquerdista, em uma tentativa do líder venezuelano de reduzir a influência dos Estados Unidos na região

A administração do presidente dos EUA, George W. Bush, ironizou nesta terça-feira a chegada dos navios russos para as manobras.

"Desta eles são puxados por rebocadores?" disse brincando o porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack.

Segundo ele, a atual marinha russa é apenas uma sombra do que foi na era soviética. Ele ressaltou que os EUA mantém a hegemonia sobre a América Latina.

"Eu não acho que exista qualquer questão sobre isso, para quem a região olha em termos de poder político, econômico, diplomático e militar", disse McCormack. "Se os venezuelanos e os russos quiserem fazer uma manobra militar, isso é legal. Mas é claro que acompanharemos com muita atenção".

Além do destróier Almirante Chabanenko, a frota russa enviada à Venezuela inclui o cruzador Pedro o Grande e dois navios de apoio. As informações são da Associated Press.

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