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Lakhdar Brahimi, mediador da ONU para a Síria | Denis Balibouse/Reuters
Lakhdar Brahimi, mediador da ONU para a Síria| Foto: Denis Balibouse/Reuters

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Um relatório publicado pela ONG Observatório dos Direitos Humanos afirma que existem grandes evidências de que helicópteros do Exército sírio atiraram bombas com gás de cloro em três cidades sob domínio dos rebeldes no mês passado. O chanceler francês, Laurent Fabius, também acusou o regime de usar armas químicas pelo menos 14 vezes desde outubro de 2013. Segundo Fabius, o último ataque ocorreu há apenas algumas semanas e existem testemunhos que comprovam as denúncias. O governo sírio não comentou as acusações.

O mediador da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Lakhdar Brahimi, irá entregar o cargo em 31 de maio, disse ontem o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

O veterano diplomata argelino ameaçava sair há tempos, assim como o antecessor, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, fez em 2012. Annan saiu depois de seis meses como representante conjunto da ONU e da Liga Árabe para a Síria, criticando o Conselho de Segurança da ONU por não se unir em apoio aos seus esforços.

Brahimi falaria ontem ainda aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU.

"Não é nada prazeroso para mim. É muito triste entregar o cargo e deixar a Síria em tal estado", disse Brahimi a repórteres, depois do anúncio feito por Ban.

"Todos que têm responsabilidade e influência na situação devem lembrar que a questão é: quantos mortos mais? Quanto mais destruição vai haver antes de a Síria voltar a ser a Síria que conhecíamos?", disse.

Mais de 150 mil pessoas já morreram no conflito sírio, cerca de 2,5 milhões fugiram para o exterior e nove milhões dentro do país precisam de ajuda – incluindo cerca de 3,5 milhões sem acesso a bens essenciais e serviços.

Ban elogiou a perseverança de Brahimi diante de "disparidades impossíveis", falando de uma comunidade internacional "desalentadoramente dividida".

"Que seus esforços não tenham recebido o apoio eficaz da agência das Nações Unidas encarregada de promover a paz e a segurança e dos países com influência na situação síria é um fracasso de todos nós", afirmou Ban.

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