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Falência

FTX inicia revisão estratégica e busca alívio judicial para pagar fornecedores

Após deixar cerca de 1 milhão de clientes e outros investidores enfrentando perdas totais na casa dos bilhões de dólares, corretora repensa a estratégia. (Foto: Divulgação/ FTX)

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A corretora de criptomoeda falida FTX anunciou no sábado (19) que lançou uma revisão estratégica de seus ativos globais e está se preparando para a venda ou reorganização de alguns negócios. A FTX, juntamente com cerca de 101 firmas afiliadas, também buscou ajuda judicial para permitir a operação de um novo sistema global de gerenciamento de caixa e pagamento a seus fornecedores críticos.

A bolsa e suas afiliadas entraram com pedido de falência em Delaware em 11 de novembro em uma das explosões criptográficas de maior destaque, deixando cerca de 1 milhão de clientes e outros investidores enfrentando perdas totais na casa dos bilhões de dólares.

A corretora explorará vendas, recapitalizações ou outras transações estratégicas para algumas de suas unidades, conforme disse o novo CEO da empresa, John Ray, em comunicado. Em um processo judicial, a FTX pediu permissão para pagar reivindicações pré-petição de até US$ 9,3 milhões a seus fornecedores críticos após um pedido provisório e até US$ 17,5 milhões após a entrada do pedido final. A bolsa disse que, se não receber a tutela judicial solicitada, isso resultará em "danos imediatos e irreparáveis" aos seus negócios.

A FTX, uma das maiores corretoras de criptomoeda do mundo, chegou a valer cerca de US$ 32 bilhões neste ano. O crescimento da empresa levou seu dono, o jovem Sam Bankman-Fried, ao posto de um dos maiores bilionários do mundo, um status que ele perdeu rapidamente.

Na primeira metade do ano, com o aumento das taxas de juros no mundo (o que impacta negativamente os ativos de risco, como as criptomoedas), o dono da FTX passou a intervir para salvar outras empresas, emprestando dinheiro.

Uma das empresas que recebeu dinheiro da FTX foi a Alameda Research – pertencente ao próprio Bankman-Fried, que recebeu bilhões em FTT (o token da FTX, uma espécie de moeda oficial da plataforma). Especialistas apontam que, por mais que os negócios devessem ser separados, o executivo utilizou os recursos dos clientes que estavam depositados na corretora para salvar a operação da Alameda.

Quando essa movimentação ilegal veio à tona, os clientes da corretora começaram uma corrida para sacar os recursos, com medo de perderem seus depósitos. Por não ter dólares suficientes para arcar com todos os saques, a FTX quebrou.

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