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Violações

Fujimori chama acusação de "intriga"; sentença sai terça-feira

Alberto Fujimori deixa o palco do julgamento: acusado de homicídio qualificado e sequestro de 25 pessoas | Enrique Castro-Mendivil / Reuters
Alberto Fujimori deixa o palco do julgamento: acusado de homicídio qualificado e sequestro de 25 pessoas (Foto: Enrique Castro-Mendivil / Reuters)

O ex-presidente peruano Alberto Fujimori qualificou de "intriga jurídica" nesta sexta-feira (3) as acusações de violações aos direitos humanos contra ele e considerou de "fofocas e rumores" os testemunhos de acusação, no último dia de seu julgamento.

A sentença será anunciada na terça-feira, após quase um ano e quatro meses de processo.

Em outro notório discurso político no segundo e último dia de autodefesa, Fujimori afirmou novamente estar convencido de que não há provas de que seu governo aplicou uma "guerra suja" na luta contra a guerrilha esquerdista.

"Como armaram essa intriga jurídica, este palanque legal como Frankenstein", se perguntou Fujimori com tom enérgico.

"Cheguei a conclusão de que se trata de uma estrutura probatória. Para mim, a acusação e a realidade dos fatos estão em uma distância sideral", acrescentou o ex-mandatário de 70 anos.

Fujimori é julgado pelos delitos de homicídio qualificado e sequestro pela morte de 25 pessoas, entre elas uma criança, cometida por um esquadrão militar, além do sequestro de um empresário e um jornalista opositores.

Sobre as provas apresentadas pela acusação, Fujimori criticou duramente os depoimentos de mais de 90 testemunhas durante o processo iniciado no final de 2007.

"Testemunhos que em palavras simples são apenas boatos e rumores, documentos e cópias destes documentos ou planos sem assinaturas, dos quais não se verificam sua validade", disse o ex-presidente.

Procuradores pedem 30 anos de prisão para o ex-presidente peruano.

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