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Simpatizantes de Fujimori pedem liberdade ao ex-presidente, em Lima | Mariana Bazo/Reuters
Simpatizantes de Fujimori pedem liberdade ao ex-presidente, em Lima| Foto: Mariana Bazo/Reuters

Lima - O ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, disse ontem que não se arrepende da "estratégia de pacificação" que aplicou no país no começo da década de 1990 e levou à derrota do grupo guerrilheiro maoista Sendero Luminoso no Peru. Fujimori reiterou que é inocente no julgamento que enfrenta por duas matanças cometidas por forças oficiais durante o seu governo.

Fujimori, 70 anos, parecia tranquilo, vestia um terno escuro e gravata azul. Em pé, o ex-presidente afirmou que se encontra com a consciência "tranquila" e por contar com o apoio do povo peruano. Pesquisas recentes indicam que dois terços dos peruanos veem como positivo o governo Fujimori (1990–2000), mas também mostram que 70% acreditam que ele é culpado e deve ser condenado.

"Ninguém conseguiu apresentar uma só prova que me condene e não podem fazer isso simplesmente porque não existe, porque como eu disse no começo, sou inocente", falou Fujimori na corte lotada, à qual compareceram jornalistas, advogados e dois dos quatro filhos do ex-mandatário: a congressista Keiko Sofia Fujimori e Kenji Fujimori.

Fujimori pode ser sentenciado a uma pena de 30 anos de prisão se for declarado culpado pelas matanças de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), perpetradas por um esquadrão da morte conhecido como Colina, formado por agentes do governo e militares. Foram massacradas 25 pessoas, incluído um menino de oito anos. Os mortos eram acusados de serem terroristas.

Estima-se que a Justiça do Peru chegará a um veredicto entre a segunda e a terceira semanas deste mês.

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