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Japão

Fukushima quer desativação de todos os reatores da província

Usina nuclear Fukushima Daiichi, da operadora Tokyo Electric Power Co (Tepco), que foi destruída pelo terremoto e tsunami em 11 de março | REUTERS/David Guttenfelder
Usina nuclear Fukushima Daiichi, da operadora Tokyo Electric Power Co (Tepco), que foi destruída pelo terremoto e tsunami em 11 de março (Foto: REUTERS/David Guttenfelder)

O governador de Fukushima pediu ao governo central japonês e à Tokyo Electric Power Co (Tepco) nesta quarta-feira que desativem todos os reatores nucleares localizados na província, enquanto a crise na usina da operadora continua.

Tal medida eliminaria mais de metade da capacidade de geração de energia nuclear da Tepco, no momento em que as operadoras estão tentando restaurar a confiança pública na energia atômica após o vazamento de materiais radioativos da usina de Fukushima Daiichi, desencadeado pelo terremoto e tsunami de 11 de março.

"Decidimos apresentar claramente em nosso plano de reconstrução que exigimos que a operadora da usina nuclear e o governo central desativem todos os reatores em nossa província", disse o governador Yuhei Sato, segundo declaração de uma autoridade da província em uma coletiva de imprensa.

A Tepco, que fornece energia para a capital Tóquio e áreas vizinhas, disse que desativaria os quatro reatores mais danificados na usina Fukushima Daiichi. Mas a companhia tem outros seis reatores na província, localizada cerca de 200 quilômetros ao norte de Tóquio, que gostaria de manter ativos quando sua reativação for aprovada.

A operadora é supervisionada pela agência de monitoramento do setor nuclear japonês, que tem um acordo com o governo provincial para que ele seja consultado sobre reatores atômicos localizados em seu âmbito.

A Tepco, única empresa de energia que opera usina nucleares em Fukushima, investirá 940 bilhões de ienes (12 bilhões de dólares) para desativar os quatro reatores de Fukushima Daiichi que estão atualmente em estado crítico. Esses custos poderão aumentar para mais que o dobro se a empresa for obrigada a abolir as outras seis unidades, que têm capacidade total para gerar 6.284 megawatts de energia.

Custos maiores poderiam afetar os planos do governo para tentar ajudar a operadora a pagar compensações pelos danos causados com a crise nuclear e também resultar em aumento das contas de eletricidade.

A crise obrigou o Japão a rever sua política energética e levantou questões sobres como as autoridades do governo e a indústria irão lidar com a perspectiva de cortes de energia que poderão se estender até 2012.

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