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A operação de limpeza da central nuclear de Fukushima será cara, demorada - e arriscada. Os funcionários da Tepco começaram em novembro do ano passado a retirar conjuntos de barras de combustível nuclear usados e novos que estavam no reator 4, um processo extremamente delicado e inédito.

Os técnicos vão remover para uma área mais segura mais de 1,5 mil conjuntos contendo cada um cerca de 50 a 80 barras de urânio e plutônio. O reator 4 estava desligado quando a usina foi atingida pela tsunami, mas explosões danificaram o prédio onde a piscina de armazenagem do combustível está instalada.

A remoção do combustível nuclear do reator 4 é o primeiro passo para a desativação total do complexo de seis reatores - operação orçada em pelo menos US$ 50 bilhões que deve levar mais de 40 anos para ser concluída. Essa parte da limpeza deve durar provavelmente até o final de 2014. Especialistas temem que possa ocorrer um vazamento no momento da retirada.

Já a operação para a retirada do combustível armazenado nos prédios dos outros três reatores só deve começar em 2015 e apresenta desafios ainda maiores, já que eles estavam em funcionamento no momento do desastre, e as barras em seus núcleos sofreram derretimento parcial. Para manter os reatores resfriados, a Tepco despeja diariamente toneladas de água. Essa água contaminada é armazenada em mais de mil tanques que se espalham pela central. Vários deles, porém, apresentaram problemas, e a água radioativa vazou para o Oceano Pacífico.

Toda essa operação acontece sob constantes temores de um novo terremoto de grande magnitude, cujos efeitos sobre o que restou da usina de Fukushima são imprevisíveis.

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