O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou neste domingo (28), que um dos 12 funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) supostamente envolvidos no ataque mortal do Hamas contra Israel em 7 de outubro, foi morto, e outros dois estariam perto de serem identificados
“As Nações Unidas estão tomando medidas rápidas na sequência das alegações extremamente graves contra vários funcionários da Agência de Assistência e Obras da ONU (UNRWA)”, disse Guterres, que prometeu que “qualquer funcionário da ONU envolvido em atos de terror será responsabilizado, inclusive através de processo criminal”.
O comunicado de Guterrez é uma tentativa de reaver parte do apoio internacional para os trabalhos da UNRWA, que perdeu financiadores importantes como EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, Finlândia, entre outros, desde que a notícia de que 12 de seus funcionários teriam participado dos ataques a Israel. O último país a suspender o apoio financeiro à agência foi a França. Em um comunicado divulgado neste domingo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês afirmou que o país “não tem planos de fazer mais pagamentos no primeiro semestre de 2024” à UNRWA. No ano passado, a França destinou quase 60 milhões de euros (R$ 320 milhões) para a agência.
Ele defendeu a continuidade das operações da agência, e pediu para os países que suspenderam as contribuições para UNRWA voltem a financiar a agência. Ele lembrou que dois milhões de civis dependem da assistência da agência. "Os alegados atos abjetos destes funcionários têm de ter consequências. Mas as dezenas de milhares de homens e mulheres que trabalham para a UNRWA, muitos deles em situações extremamente perigosas, não devem ser penalizados. As necessidades urgentes das populações desesperadas de que cuidam devem ser atendidas", disse o secretário-geral.
Por conta das suspeitas de envolvimento dos funcionários da ONU com o Hamas, na sexta-feira (26), o embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), acusou a ONU de ter se "convertido em uma das armas do arsenal dos nazistas modernos contra nós [se referindo a Israel]. Já o Hamas, grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza desde 2007, negou no sábado (27) que funcionários da UNRWA tenham colaborado com suas ações terroristas.