Funcionários próximos da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pediram a renúncia do vice-presidente Julio Cobos, segundo a Agência Telam. Desta vez, a crise foi desencadeada pelo apoio de Cobos, presidente do Senado, a uma lei de imposto sobre o cheque, considerada anticonstitucional pelos governistas.
O ministro do Interior, Florencio Randazzo, afirmou que o vice-presidente se "transformou no chefe da oposição", poucos meses depois de ser eleito na chapa que levou Cristina Kirchner à Presidência.
Cobos é integrante do partido União Cívica Radical, e Cristina Kirchner, do Partido Justicialista. O presidente do partido Radical, Ernesto Sanz, expressou o "total respaldo" a Cobos e disse que ele "tem que ficar" no cargo.
No entanto, dois advogados denunciaram Cobos nesta segunda-feira (19) por possível descumprimento dos deveres de funcionário público e abuso de autoridade por aprovar a mudança da lei do cheque com maioria simples no Senado.