O porta-voz do governo da Líbia, Moussa Ibrahim, disse nesta segunda-feira (18) que representantes do governante líbio Muamar Kadafi mantiveram negociações diretas com funcionários do governo dos Estados Unidos e discutiram como as estremecidas relações entre os dois países poderiam ser reparadas. Não houve confirmação independente sobre tal reunião e recentemente o governo americano reconheceu os insurgentes que lutam contra Kadafi, a partir de Benghazi, como o governo legítimo da Líbia. O governo americano reconheceu que a reunião realmente ocorreu, mas deu uma versão diferente para o que foi discutido.

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Mais tarde hoje, o Departamento de Estado do governo americano admitiu que funcionários dos EUA tiveram uma reunião com representantes do regime de Kadafi. A informação partiu de um funcionário do Departamento de Estado, que falou sob anonimato. Ele disse que a reunião, contudo, não foi uma negociação com Kadafi, mas sim um alerta ao governante líbio para que abandone o país magrebino.

Ibrahim afirmou a repórteres em Tripoli que a reunião entre funcionários líbios e americanos aconteceu no sábado, mas recusou-se a dizer onde ocorreu o encontro e quem participou. Ibrahim afirma que a reunião com os funcionários americanos foi o "primeiro passo de um diálogo" para reparar as relações entre os dois países.

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Os EUA são um dos principais participantes dos ataques aéreos que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) passou a conduzir contra as tropas de Kadafi em 19 de março, autorizada sob a resolução 1.973 das Nações Unidas. Os EUA passaram o comando da campanha de ataque aéreo à Otan, mas participam do bloqueio naval à costa líbia controlada por Kadafi e também atuam na logística das operações. Hoje, caças da Otan bombardearam uma torre de radar no Aeroporto Internacional de Tripoli. O governo líbio alega que o radar não era usado para objetivos militares. As informações são da Associated Press.