Às vésperas de se completarem quatro anos que o menino Sean Goldman voltou aos Estados Unidos, a Fundação Bring Sean Home ("tragam Sean para casa", em tradução livre), criada pelo pai do garoto, David Goldman, divulgou ontem à noite uma foto dos dois.
Sean, que saiu do Brasil aos 9 anos, aparece ao lado do pai em uma pescaria. Agora com 13 anos, ele está quase da altura de David, que mede em torno de 1,85m e já foi modelo nos Estados Unidos.
O menino voltou aos Estados Unidos graças a uma decisão do então presidente do STF, Gilmar Mendes, suspendendo uma liminar que garantia sua permanência no Brasil. Sean deixou o país na véspera de Natal de 2009.
Desde então não viu mais sua avó materna, Silvana Bianchi, nem sua irmã por parte de mãe, Chiara, 5.
Em email enviado ontem a Fundação Bring Sean Home faz um balanço de sua atuação em 2013 e pede doações para que possa continuar ajudando pais americanos a trazer de volta para os Estados Unidos crianças que tenham sido levadas para outros países.
No email, a fundação esclarece que as doações podem ser deduzidas do Imposto de Renda.
No balanço, informa que um programa de ajuda financeira da instituição distribuiu US$ 27,5 mil (cerca de R$ 65,5 mil) a 11 pais, moradores dos Estados Unidos, que tentam trazer de volta filhos que estão na Argentina, Brasil, Colômbia, México, Japão, Egito, Turquia e República Dominicana.
Procurada, a família materna de Sean não quis comentar as informações divulgadas pela Fundação Bring Sean Home.
Nascido nos Estados Unidos, Sean veio ao Brasil em 2004 com a mãe, Bruna Bianchi, que morreu em 2008, no parto de sua filha com o segundo marido.
O menino então passou a ser criado pelo padrasto e pelos avós maternos.
Desde a morte de Bruna, David Goldman e a família brasileira disputam a guarda de Sean. O caso ganhou repercussão internacional e envolveu até a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que cobrou das autoridades brasileiras a devolução do garoto para o país.
Goldman vivia com a brasileira em Nova Jersey desde 1999 -o filho nasceu em 2000. Em 2004, Bruna trouxe o menino ao Brasil de férias, mas ao chegar ao país avisou que queria o divórcio e que manteria o filho no Rio. Para o pai, o menino foi sequestrado e mantido ilegalmente no Rio com os avós.
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