O fundador da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Estavam Hernandes, apresentou-se na manhã desta segunda-feira (20) no Centro de Detenção Federal da Flórida. Ele chegou ao local acompanhado pela mulher, Sônia Hernandes. Na sexta-feira (17), os dois foram condenados a cumprir cinco meses de prisão em regime fechado e mais cinco meses de prisão domiciliar nos Estados Unidos.

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Estevam deve permanecer no centro de detenção, mas ainda nesta sexta-feira a Justiça norte-americana deverá decidir para que presídio ele será encaminhado para cumprir o restante da pena de 140 dias. Enquanto isso, Sônia Hernandes deverá permanecer em prisão domiciliar, já que o juiz Federico Moreno, do Tribunal Federal do Sul da Flórida, determinou que eles cumpram pena de forma intercalada. Quando Estevam sair prisão, Sônia será encaminhada a um presídio, e ele ficará mais cinco meses em prisão domiciliar. A razão disso, segundo a sentença, é manter pelo menos um deles em casa para cuidar dos filhos.

Além desse período, a Justiça determinou que os dois também terão de cumprir dois anos de liberdade vigiada, contados desde a sexta (17), o que significa que eles só poderão sair dos EUA com autorização judicial. Cada um deles também pagará multa de US$ 30 mil.

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Prisão nos EUA

Os Hernandes foram presos no dia 9 de janeiro no Aeroporto de Miami depois de tentar passar na alfândega com US$ 56,5 mil, apesar de terem declarado apenas US$ 10 mil. Ficaram presos durante dez dias, pagaram fiança e conseguiram liberdade assistida, monitorada pela polícia por tornozeleiras eletrônicas. A Justiça também determinou que o dinheiro apreendido na época não seja devolvido aos fundadores da Renascer.

Em audiência no dia 8 de junho, Estevam e Sônia se declararam culpados dos crimes de evasão de divisas e formação de quadrilha para violar a lei. Na ocasião, Sônia chegou a chorar durante a audiência.

Misericórdia

Nesta sexta (17), o casal da Renascer foi novamente ouvido no tribunal. Estevam pediu misericórdia ao juiz. Aos prantos, a bispa Sônia disse que estava profundamente arrependida e se disse culpada.

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Os advogados também disseram, nos documentos, que a origem dos problemas que o casal enfrenta no Brasil é uma reportagem da Revista Época, de maio de 2002. Segundo os advogados, as alegações da revista nunca foram provadas.

Durante a liberdade assistida, eles viveram em um condomínio fechado em Boca Raton. Após zerar contas com a Justiça norte-americana, o casal terá outra batalha jurídica pela frente. Eles serão enviados de volta ao Brasil. Em São Paulo, respondem a processo por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e estelionato - e chegaram a ter a prisão preventiva decretada.