Foto de 2014 de Guzmán em audiência com a Justiça.| Foto: EFE/ Paolo Aguilar
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O fundador do grupo terrorista peruano Sendero Luminoso, Abimael Guzmán, morreu neste sábado, aos 86 anos, no presídio de segurança máxima da Base Naval de Callao.

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Em comunicado, o comitê técnico do complexo penal (Cerec, na sigla em espanhol) disse que Abimael Guzmán morreu às 6h40 (horário local) devido a "complicações em seu estado de saúde".

"O chefe do presídio informou o comitê técnico do Cerec sobre este acontecimento e, conforme apropriado, o Ministério Público foi informado para os procedimentos legais", diz o comunicado.

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A saúde de Guzmán vinha piorando desde 13 de julho. Uma semana depois, ele recebeu atendimento geriátrico no hospital da base naval, afirmou a chefe do Instituto Nacional Penitenciário (Inpe), Susana Silva, à emissora de televisão RPP Noticias".

"Estes são dados sensíveis. Pode ser relatado que ele sofreu uma piora. Não era grave, mas, devido à sua idade, ele havia apresentado quadro de hipertensão, e isso o levou a ser transferido para o hospital da base naval", explicou Silva.

A chefe do Inpe disse que Guzmán recebeu alta em 5 de agosto e estava sendo monitorado na prisão, mas que na quinta-feira mostrou fraqueza e foi atendido por outro médico.

Silva confirmou que os protocolos de segurança do complexo foram ativados para confirmar a morte ao Ministério Público e para proceder com a transferência do corpo para o necrotério, onde a causa do falecimento será determinada.

A morte de Guzmán ocorreu um dia antes de serem completados 29 anos de quando ele foi preso, em Lima, junto com a cúpula do Sendero, uma organização terrorista culpada pela maioria das 69 mil mortes causadas no Peru entre 1980 e 2000 por atentados e pela repressão das forças de segurança.

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