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Manifestantes antifascistas protestam na passagem do veículo funerário com o corpo de ex-oficial da SS condenado pelo massacre de 335 civis | Yara Nardi/Reuters
Manifestantes antifascistas protestam na passagem do veículo funerário com o corpo de ex-oficial da SS condenado pelo massacre de 335 civis| Foto: Yara Nardi/Reuters

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  • Erich Priebke em 1995
  • Neonazistas fazem a saudação de Hitler na chegada do morto Priebke a Albano Laziale

O corpo do ex-capitão nazista Erich Priebke, condenado à prisão perpétua pelo massacre de 335 civis no ficou conhecido como o Massacre das Fossas Ardeatinas, durante a Segunda Guerra Mundial, não pôde ser enterrado na comuna de Albano Laziale, que fica na região do Lácio, na província de Roma, Itália.

Moradores se revoltaram e foram às ruas em protesto contra a decisão de enterrarem o criminoso alemão no local. A celeuma fez com que o funeral de Priebke fosse cancelado. Até o fechamento desta edição, especulava-se que o cadáver do oficial da SS seria devolvido a Roma para ser cremado.

A morte de Priebke, na semana passada, aos 100 anos, deu início a uma polêmica sobre onde ele seria enterrado. A capela da Fraternidade São Pio X, onde o funeral seria realizado, fica a 20 quilômetros do local do massacre, ocorrido em 24 de março de 1944.

Durante a tarde, o governador regional de Roma, Giuseppe Pecoraro, proibiu a entrada de um grupo de ultradireitistas na capela onde estava sendo celebrado o funeral, para evitar que a cerimônia se transformasse em uma exaltação nazista. No entanto, os manifestantes ocuparam as ruas e fizeram a saudação de Hitler – estendendo o braço direito acima da cabeça – para o veículo funerário com Priebke.

Com a proibição, o advogado de Priebke, Paolo Giachini, alegou que amigos e familiares não puderam participar do rito. O sacerdote suspendeu o funeral, retirou os paramentos e abandonou o local.

Fim

O nazista Erich Priebke ficou desaparecido por quase meio século até ser extraditado da Argentina, em 1995, para ser julgado pelo massacre de 1944. Ele morreu em Roma, na casa de seu advogado, onde cumpria pena perpétua em prisão domiciliar. Na segunda-feira, Paolo Giachini disse que só queria um funeral católico para o seu cliente, que, segundo ele, confessou e recebeu a absolvição.

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