O furacão Dean, que pode chegar à categoria 4 nos próximos dias, deve cruzar as ilhas do leste do Caribe na sexta-feira e pode ameaçar o golfo do México na semana que vem.
Enquanto isso, a tempestade Erin foi rebaixada a depressão tropical, mas continua provocando chuvas sobre parte do Texas.
O setor energético acompanha com atenção a rota do Dean, já que ele pode prejudicar a produção de gás e petróleo no golfo do México, que responde por um terço da produção nacional de petróleo dos EUA.
O Centro Nacional de Furacões dos EUA divulgou alertas de furacão para as ilhas de Dominica e Santa Lucia, nas Pequenas Antilhas. Isso significa que um furacão deve passar por esses locais dentro de 24 horas.
Às 15h (hora de Brasília), o Dean estava cerca de 440 quilômetros a leste de Barbados e 590 quilômetros a leste da Martinica, avançando a 37 quilômetros por hora com ventos constantes de quase 145 quilômetros por hora, o que o coloca na categoria 1 da escala Saffir-Simpson.
O Centro de Furacões prevê que ele passe à categoria 2 dentro de 12 horas, à 3 em 24 horas e chegue à categoria 4 (ventos de até 250 quilômetros por hora) em três ou quatro dias.
Em cinco dias, porém, ele deve voltar à categoria 1 ao avançar sobre a península do Yucatán (sudeste do México) e então possivelmente entrar no golfo do México, onde poderia afetar as operações do campo petrolífero mexicano de Cantarell, próximo à baía de Campeche, além de instalações dos EUA no norte do Golfo.
Cantarell é um dos maiores complexos petrolíferos do mundo, responsável por dois terços da produção do país.
O Centro de Furacões deve divulgar outro boletim sobre o Dean às 18h (hora de Brasília).
Já o Erin chegou à terra perto de Lamar, no Texas, e perdeu força na quinta-feira. Em um boletim divulgado antes das 12h (hora de Brasília), o centro da depressão tropical estava cerca de 90 quilômetros a norte-noroeste da cidade de Corpus Christi, avançando para noroeste a cerca de 24 quilômetros por hora, com ventos constantes que não passavam mais de 60 quilômetros por hora. O Centro de Furacões informou que não vai mais divulgar boletins sobre o Erin.