O número de mortos pelo furacão Gustav subiu para 23 no Haiti e na República Dominicana, informaram autoridades dos dois países nesta quarta-feira (27). Após passar por Hispaniola, o furacão perdeu força, virou tempestade tropical e agora ruma em direção ao sul de Cuba e ao Golfo do México, onde poderá virar novamente um furacão no final de semana, ao atingir as águas mais quentes do golfo.
Os deslizamentos de terra e as enchentes no Haiti mataram pelo menos 15 pessoas, inclusive uma menina arrastada pelas águas. Na República Dominicana, que divide com o Haiti a ilha caribenha de Hispaniola, morreram oito pessoas, entre elas dois meninos.
O diretor da defesa civil dominicana, Luis Luna Paulino, afirmou que as vítimas em seu país eram membros da mesma família. Paulino explicou que eles estavam refugiados desde a tormenta Fay, e "saíram de casa porque pensaram que o perigo havia passado".
Em Nova Orleans (EUA), as autoridades fizeram planos para uma possível retirada de milhares de moradores, em uma previsão para evitar que se repita o caos provocado pela passagem destruidora do furacão Katrina em 2005. Meteorologistas alertam que a tempestade Gustav poderá virar um furacão de categoria 3 nos próximos dias, tocando a terra firme entre o litoral da Flórida e do Texas - com Nova Orleans bem no meio. O Estado da Louisiana já requisitou 700 ônibus para uma possível retirada de moradores da cidade.
Rota
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos advertiu que a tempestade tende a voltar a ganhar força e meteorologistas alertam para a possibilidade de o fenômeno alcançar a costa americana do Golfo do México no final de semana ou na segunda-feira, como um furacão de categoria 3.
A formação do fenômeno voltou a afetar os mercados de petróleo nesta quarta-feira e o preço do barril fechou em alta de 1,62%, cotado a US$ 118,15 na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), em meio a temores de que o furacão afete plataformas de produção no Golfo do México.
Na manhã desta quarta-feira, a tempestade Gustav apresentava ventos sustentados de 95 quilômetros por hora, com rajadas mais fortes. O olho do sistema encontra-se cerca de 150 quilômetros ao leste de Porto Príncipe e segue em direção noroeste.
Um alerta de furacão está em vigor em algumas regiões de Cuba, especialmente no litoral sul do país. As informações são da Associated Press.