O furacão Ike ganhou força repentinamente e atingiu na quarta-feira a categoria 4 no meio do Atlântico. Em menor grau, a tempestade Hanna também se intensificou ao passar sobre as Bahamas em direção ao sudeste dos EUA.
O Ike não constituiu um perigo imediato a nenhuma ilha ou continente, mas assusta por ter, em poucas horas, passado de simples tempestade a um furacão da categoria 4 (na escala Saffir-Simpson, que vai até 5). Ele tem agora ventos de quase 230 quilômetros por hora e segundo o último boletim do Centro Nacional de Furacões dos EUA estava 885 quilômetros a nordeste das ilhas Sotavento, deslocando-se para oeste-noroeste a 28 quilômetros por hora.
Embora houvesse a previsão de que ele chegará no começo da semana que vem às Bahamas, ainda é impossível dizer se ele atingirá áreas habitadas ou a produção de petróleo e gás no Golfo do México.
No Haiti, a tempestade Hanna matou mais de 60 pessoas e inundou partes do país, deixando moradores ilhados. O presidente René Préval disse tratar-se de uma "catástrofe extraordinária", comparável à tempestade que matou 3 mil pessoas há quatro anos no país.
Hanna deve passar na quinta-feira sobre o centro e norte das Bahamas, voltando a ter a força de um furacão (ventos a partir de 119 quilômetros por hora). No sábado, deve atingir o litoral dos EUA na altura da divisa entre Carolina do Norte e Virgínia.
O governo das Bahamas suspendeu o alerta de furacões no noroeste do arquipélago. Mas tanto as Bahamas quanto as ilhas Turcos e Caicos continuam sob alerta de tempestade, segundo o Centro de Nacional de Furacões dos EUA.
Os meteorologistas dizem que o Hanna se comporta como "um tenaz ciclone tropical" que deve voltar a ser um furacão em menos de dois dias. "Um estado de observação para furacões pode ser necessário para uma porção da costa sudeste dos EUA na madrugada de quinta-feira", diz o último boletim.
Outra tempestade, Josephine, vem se deslocando pelo Atlântico nas pegadas do Ike, mas já começou a perder força.
Na segunda-feira, o furacão Gustav atingiu a costa da Louisiana, depois de provocar estragos no Caribe, especialmente no Haiti, onde matou 75 pessoas.