O olho do furacão Ikedeixou Cuba na tarde desta terça-feira (9) e já está sobre o Golfo do México, depois de ter derrubado construções mal conservadas em sua passagem por Havana, capital de Cuba, e provocado 4 mortes no país, deixado 20 feridos e causado danos a residências e à infra-estrutura.
O Ike realizava assim sua segunda passagem pelo território cubano, seguindo um caminho que pode levá-lo para longe da área principal de extração de petróleo do Golfo do México.
Chuvas intensas atingiram a capital cubana, enquanto o furacão, no limite da categoria 1 da escala Saffir-Simpson (de cinco níveis), com ventos de 120 quilômetros por hora, locomovia-se pela província de Pinar del Río (extremo oeste da ilha).
Havana, uma cidade de 2 milhões de habitantes localizada na costa noroeste de Cuba, possui muitas habitações mal conservadas, sujeitas a desmoronar sob condições meteorológicas adversas. Autoridades disseram que pelo menos 16 delas caíram na terça, mas não houve registro de feridos. Cerca de 250 mil pessoas foram retiradas de áreas de baixa altitude e de habitações frágeis antes da chegada do Ike.
"Parece que Havana foi invadida por um exército de fantasmas", afirmou Maria Valdez, moradora da cidade.
O caminho que o Ike deve seguir o levaria para a costa norte-americana, na altura do Texas, perto da fronteira com o México, região à qual chegaria no sábado - ficando assim longe da área que concentra as 4.000 plataformas marítimas responsáveis por produzir 25% do petróleo e 15% do gás natural norte-americanos.
Os preços futuros do petróleo diminuíram mais de 2 dólares, ficando abaixo dos 105 dólares, quando o Ike mudou de curso. Mas as empresas do setor continuam a fazer preparativos para enfrentar a tempestade.
A BP Plc afirmou estar paralisando todas as suas operações no golfo e retirando os funcionários das plataformas.
Enfraquecido, o furacão atingiu a costa noroeste de Cuba depois de provocar muita destruição nas províncias do leste, derrubando árvores, destruindo casas e cortando linhas de transmissão de energia.
A capital ficou coberta com pedaços de árvores, folhas e destroços enquanto os ventos sopravam pelas ruas desertas.
Os danos provocados pelo Ike podem somar algo entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões, segundo "algumas fontes oficiais", disse em Genebra Elisabeth Byrs, do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Segundo meios de comunicação cubanos, quatro pessoas morreram na tempestade. Dois homens foram eletrocutados quando tentaram tirar uma antena que caiu sobre uma linha de força. Uma mulher morreu quando a casa dela ruiu, e um homem foi esmagado quando uma árvore caiu sobre a casa dele.
Mortes provocadas por furacões são algo raro em Cuba, cujo governo realiza grandes operações de retirada. A TV estatal de Cuba mostrou cidades do leste do país sob uma lâmina de até 25 centímetros de águas pluviais. Em muitos lugares houve destruição de casas, transbordamento de rios e queda de árvores e postes. Todo o litoral enfrentou ressaca.
De acordo com a TV, quatro pessoas morreram, sendo duas eletrocutadas quando tentavam retirar uma antena caída sobre um cabo elétrico. Uma mulher morreu no desabamento de sua casa e um homem foi vítima de uma árvore caída sobre sua residência. Mortes por furacões são raras em Cuba, onde o governo está habituado a retirar a população em massa antes das tempestades.
A meteorologia cubana disse que o Ike não deve ganhar força antes de voltar à ilha, mas isso pode acontecer caso o sistema se afaste de Cuba. Em alto-mar, ele poderia se alimentar do calor das águas quentes (32ºC) do Caribe.
Há previsão de tornados isolados sobre todo o extremo sul da Flórida e sobre as ilhas das Florida Keys.
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