Homem filma destruição causada pelo furacão Ike nas ruas de Las Tunas, em Cuba| Foto: AFP

O furacão Ike, que atravessa Cuba, foi rebaixado ontem da categoria 3 para 1 – em escala de 1 a 5 – logo após o país decretar alerta máximo em todo o seu território. O Ike já deslocou 1,5 milhão dos 11,2 milhões de habitantes de Cuba e matou ao menos 61 no Haiti, onde centenas morreram com a tempestade tropical Hanna.

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"Toda a nação está agora no que em guerra se chama alerta de combate’’, escreveu o ex-ditador cubano Fidel Castro.

O Ike deve atingir na manhã de hoje a capital Havana, com 2,2 milhões de habitantes. A preocupação na cidade recai sobre edificações reconhecidas como patrimônio da humanidade, que estão em péssimo estado de conservação. Em seguida, o Ike parte para o golfo do México e atinge no fim de semana a divisa do Texas com a Louisiana, em território norte-americano.

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Gustav

No dia 30 de agosto, o furacão Gustav, de categoria quatro, atingiu Cuba. Não deixou mortos, mas danificou 140 mil casas e devastou plantações. Mesmo mais fraco, o Ike causou até agora impacto econômico muito maior.

Enquanto o Gustav atingiu uma província com menos de 10% da população cubana e importância econômica menor, o Ike atravessa de leste a oeste da ilha, cuja fragilidade financeira levou recentemente ao atraso do pagamento de dívidas por conta dos preços de commodities.

O Ike já paralisou minas de níquel (maior produto de exportação do país), destruiu plantações de açúcar, derrubou parte da safra de café e atingiu a indústria do turismo.

No sábado, o Ministério do Exterior cubano recusou a oferta americana de envio de analistas de desastres, dizendo que "a única (ação) ética’’ seria o fim do embargo econômico dos EUA à ilha, instaurado em 1962. Mas para a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, o fim do bloqueio "não seria sábio’’ enquanto Raúl Castro estiver no poder.

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