Nova York - O furacão Irene, que deve atingir a cidade de Nova York a partir deste domingo, perdeu força, mas causou pelo menos três mortes e deixou cerca de 227 mil pessoas sem energia elétrica no estado da Carolina do Norte, onde chegou no sábado pela manhã com ventos de 140 km/h. Uma das vítimas é um homem do condado de Nash, que morreu após ser atingido por um galho de árvore quando caminhava ao redor de sua casa. Um idoso morreu de infarto, no condado de Onslow, quando pregava proteções de madeira nas janelas de sua casa. Um acidente de trânsito causado pela tempestade fez a terceira vítima.A tempestade continua movendo-se para a região nordeste dos EUA, informou o Centro Nacional de Furacões americano (NHC, na sigla em inglês). Ainda na madrugada de sábado, o Irene foi rebaixado para a categoria um a menos intensa da escala Saffir-Simpsons, que vai de até cinco. Nessa categoria, os ventos ficam entre 119 km/h e 153 km/h.
Em Nova York, o número de moradores retirados de suas casas chega a 370 mil. Cerca de 2,3 milhões de pessoas foram orientadas a sair de casa, entre elas, o presidente norte-americano, Barack Obama, que interrompeu as férias na região. Ao todo, sete estados no país estão em emergência.
A medida autoriza as agências federais a coordenar as ações para minimizar o impacto do Irene e também as medidas de ajuda.
Na cidade de Nova York, os abrigos estão preparados para receber 70 mil pessoas. "Ficar é perigoso, ficar é bobagem, e é contra a lei", disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, em entrevista realizada em Coney Island. "A hora de sair é agora", acrescentou.
Até por volta das 11h (12h no horário de Brasília) do sábado, havia ainda muitas pessoas nas ruas de Nova York, as filas nos mercados eram intensas e parte do comércio não abriu suas portas. A prefeitura decidiu paralizar também o transporte público da metrópole no domingo.
Previsão
A expectativa era de que o Irene chegasse a Nova York entre a noite de sábado e a manhã deste domingo. Trata-se do primeiro furacão a atingir a cidade desde 1985. "Não acho que vá ser assim tão ruim. Amanhã não vou sair de casa, mas hoje parece que vai ficar tudo bem", afirmou Cecilia Clearwater, 36, que caminhava pelas ruas de Manhattan com seu bebê. Já o alfaiate Reza Nasser, 65, disse que iria para casa pela manhã de sábado e não sairia mais. "Ninguém sabe o que vai acontecer, está todo mundo com medo."
Em Washington, o governo local declarou emergência e ordenou à população que preparasse kits de fuga e se protegesse, embora a cidade não esteja na rota inicial do furacão.