A 6th Avenida, em Nova York, estava praticamente deserta neste domingo| Foto: Mike Segar/Reuters

Irene completou neste domingo (28) as primeiras 24 horas de sua trajetória pela costa leste dos Estados Unidos, com rastro de inundações, cortes de energia, tornados e 14 mortos, enquanto se desloca em Nova York e Nova Inglaterra.

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O Centro Nacional de Furacões (NHC) informou no boletim especial das 9h (10h de Brasília) que "o olho do furacão se movimentou sobre a cidade de Nova York".

Após tocar a terra de novo nesta madrugada em Nova Jersey, o furacão se movimenta a 41 km/h e registra ventos máximos de 120 km/h, ligeiramente abaixo dos 140 km/h de sábado.

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Confira a trajetória do furacão Irene. Acesse o link do aplicativo do Google.org Crisis Response

Confira mais informações no National Hurricane Center (conteúdo em inglês)

Acompanhe a cobertura em tempo real pelo twitter NYT Live (conteúdo em inglês)

Confira a chegada do furacão Irene à Costa Leste acessando o link do Daily News (conteúdo em inglês)

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Mortes

A passagem do furacão Irene, transformado em tempestade tropical ao atravessar Nova York, causou a morte de 14 pessoas. Uma delas morreu no estado de Connecticut em um incêndio em sua casa, causado aparentemente pela queda de fios da rede elétrica, segundo o governador do estado, Dan Malloy.

Em Nova Jersey, uma mulher morreu ao ficar presa em seu veículo em uma inundação, enquanto no estado de Maryland outra mulher perdeu a vida após uma árvore cair sobre sua casa.

Duas pessoas morreram no litoral da Flórida arrastadas pela correnteza e na Virgínia, um dos primeiros estados a sofrer os efeitos do furacão, quatro óbitos foram registrados, todos eles relacionados a queda de árvores.

O estado onde há o maior número de vítimas até o momento, cinco, é a Carolina do Norte, onde "Irene" tocou a terra no sábado como um furacão de categoria 1 na escala de Saffir-Simpson, de um máximo de cinco.

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Perdendo força

Irene, que percorreu o Caribe e arrasou as Bahamas como poderoso furacão de categoria 3, perdeu força em seu percurso pela costa leste dos Estados Unidos e tocou a terra na cidade de Nova York transformado-se em tempestade tropical, afirmaram neste domingo meteorologistas.

O vórtice de "Irene" impactou perto de Coney Island, na cidade de Nova York, "com ventos máximos sustentados de 100 km/ h por volta das 9h (10h de Brasília)", indicou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos, em boletim especial.

"O furacão foi degradando-se para tempestade tropical e seguirá perdendo força na passagem pelo nordeste dos Estados Unidos", disse à Agência Efe o meteorologista Félix García do NHC.

Mantinha-se como furacão de categoria 1 quando se aproximou de Nova York, mas perdeu intensidade momentos antes de tocar o solo em Coney Island, precisou.

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"Irene" tocou a terra três vezes em território americano: na Carolina do Norte, Nova Jersey e Nova York.

A agora tempestade tropical continuará enfraquecendo sobre Nova York durante as próximas horas para seguir em direção à Nova Inglaterra, informou Jessica Schauer, meteorologista do NHC.

Blecautes e inundações

A cidade de Nova York acordou praticamente deserta, com blecautes que deixaram sem luz mais de 200 mil pessoas e os registros das primeiras inundações nos locais próximos ao rio Hudson.

As inundações obrigaram a interrupções no trânsito. No boletim das 6h, o Centro Nacional de Furacões (NHC) indicou que o nível de água havia subido mais de 1 metro no porto de Nova York, e, como as autoridades tinham antecipado no sábado, o maior risco de inundações começava a partir das 9h (de Brasília).

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"Nesse horário é que pode começar a subir o nível da água", advertiu no sábado à noite Michael Bloomberg, prefeito de Nova York, no último de seus três comparecimentos públicos para dar detalhes da chegada do furacão "Irene" à cidade.

A maior preocupação das autoridades é com as inundações em áreas do sul da ilha de Manhattan, como Battery Park City, que fica a poucos passos do "marco zero" e de Wall Street, o maior centro financeiro do mundo.

"Irene" chegou acompanhada de blecautes em boa parte da cidade que deixaram às escuras milhares de casas e escritórios de Nova York e em seus arredores, especialmente em Long Island, onde a estimativa é de que a falta de luz atinge 150 mil pessoas.

Segundo a companhia de energia elétrica Con Edison, neste momento 21 mil pessoas em Queens, 7,5 mil no Brooklyn e 6,7 mil no Bronx estão sem energia, e outras 18,2 mil pessoas em Staten Island, enquanto quase 66 mil seguem sem luz no condado de Westchester e 166 mil no estado vizinho de Nova Jersey.

O prefeito Bloomberg havia ordenado a remoção obrigatória de 370 mil pessoas que vivem nas áreas de maior risco de inundações e as autoridades calculam que 9,5 mil nova-iorquinos passaram à noite de sábado em alguns de 91 refúgios repartidos pela cidade.

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Com as ruas praticamente vazias e os nova-iorquinos suportando o aguaceiro no interior de suas casas, até agora continua suspensa toda a rede de transporte público até novo aviso desde sábado ao meio-dia (13h de Brasília), quando as autoridades fecharam os serviços de ônibus, metrô e trens.

Os túneis e as pontes que ligam a ilha de Manhattan aos demais distritos da cidade e o estado de Nova Jersey permanecem abertos, salvo a parte baixa da ponte George Washington na parte alta de Manhattan, que foi fechada pelos ventos.

Com ventos que superam os 100 km/h, já é possível ver as primeiras árvores e galhos caídos em diferentes partes da cidade, enquanto as autoridades insistem em pedir aos nova-iorquinos que não saiam à rua e que permaneçam em suas casa longe das janelas.