O furacão John se transformou em um violento ciclone na costa oeste do México, nesta terça-feira, ameaçando provocar inundações e deslizamentos ao se aproximar de Acapulco e de outros balneários à beira do Pacífico.
O Centro Nacional de Furacões dos EUA disse que o John se tornou perigoso em poucas horas e que agora tem ventos constantes de até 185 quilômetros, com rajadas ainda mais fortes.
O furacão já está na categoria 3 da escala Saffir-Simpson, que vai até 5. Está 280 quilômetros ao sul de Acapulco e se desloca lentamente em sentido noroeste, paralelamente à costa.
Furacões da categoria 3 podem criar ondas entre 3 a 4 metros maiores que o normal, danificar pequenas casas, arrancar árvores e destruir trailers.
A população foi colocada em alerta no longo trecho litorâneo que vai de Acapulco até o porto siderúrgico de Lázaro Cárdenas, na região noroeste. O John não deve atingir diretamente Acapulco, onde vivem 1 milhão de pessoas.
Os meteorologistas dos EUA prevêem que o furacão ganhe força nas próximas 24 horas, talvez atingindo a categoria 4. São esperadas precipitações de 50 a 200 milímetros nesse trecho do litoral mexicano.
Acapulco já está sofrendo chuvas e mar agitado. Embarcações foram orientadas a terem precaução extrema.
A tempestade se formou na segunda-feira e rapidamente ganhou força. Na madrugada de terça-feira, passou a ser classificado como furacão da categoria 1. Em poucas horas, galgou duas posições na escala.
Nadya Velas, porta-voz da Defesa Civil no Estado de Guerrero, onde fica Acapulco, disse que não há intenção de retirar a população de aldeias litorâneas, que podem ser inundadas, ou montanhosas, sujeitas a deslizamentos. "Mas, desde que ouvimos que se tornou um furacão, ampliamos o monitoramento", afirmou.
Os balneários de Puerto Vallarta e Los Cabos, na península da Baixa Califórnia, devem ser atingidos pela tempestade nos próximos dias.
O porto de Salina Cruz, que exporta petróleo para a Ásia, permaneceu aberto, mas em alerta, devido ao vento e ao mar agitado. O furacão está se afastando de Salina Cruz, onde também funciona uma refinaria da estatal Pemex.
