Furacão Katia ganha força, mas deve poupar os EUA

O furacão Kátia atingiu na segunda-feira a categoria 3 na escala Saffir-Simpson (que vai até 5), mas deve passar longe da Costa Leste dos EUA, que ainda se recupera da recente passagem do furacão Irene.

Mesmo assim, o Centro Nacional de Furacões (CNF) alertou que as praias da região podem sofrer ressacas violentas.

No final da tarde de segunda, o furacão tinha ventos de 185 quilômetros por hora, deslocando-se para noroeste sobre o Atlântico, entre a ilha de Bermuda e o Caribe, segundo o CNF.

Às 18h (hora de Brasília), seu centro estava 795 quilômetros ao sul de Bermuda, uma possessão britânica no Atlântico. A previsão é de que ele se intensifique ainda mais na terça-feira, e se mantenha estável na quarta-feira.

Robbie Berg, meteorologista do CNF, disse à Reuters que há 10 por cento de chance de que a Costa Leste dos EUA tenha ventos fortes nesta semana, mesmo que a tempestade passe em alto mar.

"Mesmo que essas tempestades permaneçam na costa, elas podem ser uma ameaça letal, especialmente para pessoas que vão à praia", disse Berg. "Pode estar um bonito dia e você não sabe que há correntes que podem arrastar você mar adentro."

Em agosto, a passagem do furacão Irene pela Costa Leste dos EUA matou pelo menos 40 pessoas e provocou grandes inundações, especialmente em Nova Jersey e Vermont.

Katia é o segundo furacão da atual temporada do Atlântico, que vai de junho a novembro, e há vários dias os meteorologistas tentam prognosticar os riscos para os EUA. Segundo Berg, a previsão é que a partir de quinta-feira o sistema se desloque para o norte e depois para nordeste, passando entre Bermuda e os EUA. Uma zona de baixa pressão que está se formando na Costa Leste norte-americana contribuiria para evitar um impacto direto.

Uma outra tempestade que mantém os meteorologistas ocupados é a Lee, que no fim de semana causou fortes chuvas na região de Nova Orleans. A tempestade já começou a perder força, mas ainda provoca intensas precipitações entre o Texas e a Flórida.

Os especialistas dizem que o auge da temporada de tempestades ocorre em 10 de setembro. O CNF disse haver uma "elevada" chance de que um novo sistema que está se formando a sudoeste de Cabo Verde, na costa africana, se transforme em um ciclone tropical nas próximas 48 horas.

Os meteorologistas preveem uma temporada de furacões muito ativa no Atlântico em 2011, com oito a dez furacões - acima da média histórica, de seis ou sete.