O furacão Matthew deixou ao menos 842 mortos no Haiti, de acordo com os últimos dados divulgados pelas autoridades locais. As informações são da Agência Brasil. Contudo, o número de vítimas ainda pode crescer, já que muitas áreas estão inacessíveis para as equipes de resgate.
Desde o começo da semana os países do Caribe estavam em alerta para a aproximação do fenômeno meteorológico, considerado o mais perigoso a atingir a região na última década.
Na terça-feira (4), o Matthew atingiu o Haiti e o território cubano com ventos de 230 quilômetros por hora (km/h), devastando cidades e áreas de cultivo. O Haiti foi, até o momento, o país mais atingido pelo furacão, que chegou ainda à Jamaica e às Bahamas.
Matthew semeou muita desolação no Haiti . Dada a magnitude dos danos causados, será difícil e levará tempo para conseguir um balanço preciso de vítimas. O acesso a muitas zonas ainda é difícil, e os dados de vítimas ainda não foram centralizados pelas autoridades.
Toda a parte meridional do país foi arrasada por torrentes de água e golpeada por ventos violentos, às vezes durante várias horas. As imagens aéreas dos jornalistas que tiveram acesso nos dois últimos dias às cidades mais golpeadas do sul mostravam imagens de casas destruídas, tetos de alumínio arrancados e dezenas de árvores caídas.
“Cerca de 80% dos edifício de Jérémie”, cidade meridional de cerca de 30 mil habitantes, “foram destruídos”, segundo a ONG CARE.
As imagens desoladoras da cidade, capital do departamento meridional de Grande Anse, lembravam as cenas deixadas pelo violento terremoto de 2010, no qual morreram mais de 200 mil pessoas.
Chegada aos EUA
O Furacão Matthew provocava nesta sexta-feira (7), na costa Leste da Flórida, fortes ventos de até 195 km/h e chuvas torrenciais. Apesar de preparados para o pior, moradores da região já estão aliviados porque o fenômeno desviou para o mar e não atingiu a região mais ao Sul da Flórida. A tormenta segue agora para a região de Orlando.
Mesmo tendo se enfraquecido durante a manhã (caindo para a categoria 3), o furacão se aproximou dacosta atlântica da Flórida. Por volta as 7h locais (8h de Brasília), as estações balneárias e cidades residenciais da península do sudeste dos Estados Unidos continuavam mergulhadas na escuridão, com as ruas desertas, inundadas e cheias de galhos e resíduos. Os habitantes que não evacuaram o litoral permaneciam encerrados em suas casas, golpeadas pelas rajadas de vento.
Além da Flórida, Geórgia e Carolina do Sul tiveram planos de emergência federal declarados pelo presidente Barack Obama