Moradores da Flórida, EUA, estão se preparando para a chegada do furacão Michael nesta quarta-feira (10). Alimentado por águas tropicais quentes, a tempestade ganhou força no amanhecer de quarta-feira e pode atingir a costa do Golfo com status de furacão de categoria 4 e ventos superiores a 220 km/h, segundo os meteorologistas. Com isso, ele ameaça se tornar o furacão mais intenso já registrado a atingir a região oeste da Flórida (Florida Panhandle), desde que as medições começaram a ser realizadas em 1851.
"Furacões que se intensificam da noite para o dia logo antes de chegar ao solo são o pior pesadelo de meteorologistas e gerentes de emergência", tuitou Bob Henson, meteorologista e jornalista do Weather Underground.
Áreas que podem testemunhar alguns dos mais severos efeitos de furacões incluem Fort Walton Beach, Destin, Panama City Beach e Apalachicola. Os níveis de água já começaram a subir na terça-feira e a tempestade pode inundar mais de 325 quilômetros de costa.
O aumento do nível de água do oceano em terra normalmente seca ao longo da costa pode ser de 2,5 a 4 metros, inundando estradas, casas e empresas. O Serviço Nacional de Meteorologia alertou que muitos edifícios podem ser completamente destruídos e que "os locais podem ficar inabitáveis por um longo período" após a tempestade.
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Evacuação
O governador Rick Scott pediu aos moradores que atendam aos pedidos de evacuação. Na região de Panhandle, os habitantes correram para encher sacos de areia e proteger suas casas.
Scott declarou estado de emergência em 35 condados da Flórida, de Panhandle à Tampa Bay, ativou centenas de membros da Guarda Nacional e liberou pedágios para encorajar as pessoas a deixar a costa e ir para o interior. O governador também enviou autoridades de saúde estaduais para ajudar hospitais e lares de idosos. Após o furacão Irma, no ano passado, 14 pessoas morreram quando uma casa de repouso no sul da Flórida perdeu energia e ar-condicionado.
O prefeito da pequena cidade de Apalachicola, Van W. Johnson, disse que os 2.300 moradores estão se preparando para um grande furacão, que pode ser diferente de qualquer outro em décadas. "Estamos olhando para uma tempestade significativa com impacto significativo, possivelmente maior do que eu vi em meus 59 anos de vida", disse Johnson.
Na segunda-feira à noite, milhares de pessoas receberam ordem de retirada dos condados de Wakulla, Gulf e Bay e enormes filas se formaram em postos de gasolina e mercados.
Até os vizinhos do Alabama estavam se preparando. A governadora do Estado, Kay Ivey, assinou uma declaração de emergência esperando por quedas generalizadas de energia e outros problemas ocasionados por Michael.
No mês passado, o furacão Florence atingiu a costa leste dos Estados Unidos, matando 42 pessoas – 31 na Carolina do Norte, nove na Carolina do Sul e duas na Virgínia.
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