Miami (AFP) Ventos fortes, chuva, inundações e apagões afetaram ontem a região costeira da Carolina do Norte, à medida que o furacão Ofélia se aproximava, atingindo à noite ventos de quase 130 km/h, que o enquadram na categoria 1. Os efeitos do Ofélia, o sétimo furacão da temporada de 2005 no Atlântico, devem aumentar com a passagem das horas. O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) dos EUA, com sede em Wilmington, registrou ventos de rajada de até 125 km/h no extremo oriental da Carolina do Norte.
Autoridades das regiões de Brunswick e New Hanover, ambas na Carolina do Norte, foram atingindos por apagões que afetaram 40 mil pessoas e anunciaram a existência de mais de 500 desabrigados.
Foi ordenada a retirada das ilhas litorâneas do leste do estado, embora muitos moradores tenham insistido em ficar.
Também foi emitido um alerta de furacão no limite entre Carolina do Sul e Carolina do Norte até o limite com a Virginia, ao norte, e em Cabo Charles, na entrada da baía de Chesapeake. O comunicado indica que a região deve sentir hoje os efeitos do furacão. Segundo o Centro Nacional de Furacões, com sede na Flórida, é possível que o Ofélia continue ganhando força antes de entrar em terra perto de Wilmington (Carolina do Norte), para logo mover-se para o leste e continuar para o oceano. Na região há uma longa cadeia de ilhas costeiras povoadas permanentemente por pouco mais de 30 mil pessoas. Durante os períodos de férias, a região chega a ganhar uma população extra de 220 mil turistas.
O Ofélia estava praticamente estacionado sobre o oceano havia dias, tornando difícil prever para onde ele iria. "Não sabíamos se determinávamos uma evacuação obrigatória ou voluntária, então decidimos determinar a voluntária", disse Betty Medlin, a prefeita da ilha de Kure Beach. "Do modo como ele está chegando, provavelmente devíamos ter determinado a desocupação obrigatória". A maioria dos 2.500 moradores da cidade permaneceram em suas casas, e a prefeitura tinha a energia elétrica fornecida por geradores. As marés estavam 2,4 metros acima do normal. "Está parado aqui, e isso vai fazer o vento ficar em cima de nós por mais tempo", disse Medlin. O veterinário Flint King está entre os que se recusam a fugir do furacão. Ele fechou seu consultório na ilha de Oak, mas não deixou a cidade.
O Ofélia é o primeiro furacão a atingir os Estados Unidos desde a passagem do muito mais poderoso Katrina na costa do golfo do México, que matou centenas de pessoas e deixou 1 milhão de desabrigados há duas semanas. A atual temporada de furacões, que termina em novembro, deve render outros alertas nos Estados Unidos.
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