Miami (Folhapress) O furacão Katrina recuou ontem para o Golfo do México, de onde deve partir com mais força para o oeste, na direção da costa dos estados da Louisiana podendo atingir amanhã a cidade de Nova Orleans e do Mississippi. As projeções do Centro Nacional de Furacões dos EUA, com sede na Flórida, mostram que o Katrina deve chegar à divisa entre os estados do Mississippi e da Louisiana amanhã à tarde, ou mesmo à noite. A cidade de Nova Orleans, assim, ficaria perto do centro do furacão.
O Katrina chegou ao sudeste do estado da Flórida na quinta-feira, com ventos de 150 km/h, deixando sete mortos, além de danos materiais, inundações e blecautes em 1,5 milhão de casas e pontos comerciais. Os danos materiais provocados pelo furacão podem chegar a US$ 2 bilhões, segundo estimativas inicias de empresas americanas de gerenciamento de risco.
O diretor do Centro de Furacões, Max Mayfield, disse ontem que o Katrina deve chegar à categoria 4 de intensidade na escala Saffir-Simpson, chegando a ventos de 211 a 250 km/h e capaz de causar danos extremos. O furacão está agora na categoria três, com ventos de 179 a 209 km/h.
Precaução
"Não vejo como esse furacão não possa chegar a se tornar muito, muito poderoso antes que acabe", disse Mayfield. "Há ainda algum tempo antes de sua volta ao continente. Todos os que vivem na região que vai do sudeste da Louisiana até Flórida Panhandle (norte do estado) precisam ficar muito atentos."
O governador do estado do Mississippi, Haley Barbour, e a governadora do estado da Louisiana, Kathleen Blanco declararam ontem estado de emergência devido à possibilidade de chegada do Katrina.
O diretor da agência de gerenciamento de emergências do Mississippi, Robert Latham, disse que a retirada dos turistas da região litorânea já começou. A retirada dos moradores deve começar hoje. A Guarda Nacional já foi acionada para ajudar com os preparativos para enfrentar o furacão.
A última vez em que um furacão de categoria 4 atingiu os estados do Mississippi e da Louisiana foi em agosto de 1969, quando o furacão Camille chegou à região, com ventos de 246 km/h, deixando 256 mortos. Desde então apenas outros três furacões de categorias 4 e 5 atingiram os EUA: o Charley, no ano passado; o Andrew, que atingiu a Flórida em 1992; e o Hugo, que atingiu os estados das Carolinas do Norte e do Sul, em 1989.
Petróleo
Seis companhias petrolíferas que atuam no Golfo do México já retiraram cerca de 150 pessoas de suas unidades. As plataformas continuam a operar, mas os funcionários "não-essenciais" já foram retirados.
Duas empresas a Newfield Exploration e a Murphy Exploration interromperam a produção e fecharam algumas de suas unidades produtoras na região. Na sexta-fiera, a Força Aérea dos EUA começou a retirar aeronaves de duas de suas bases na região de Flórida Panhandle.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas