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Meteorologistas do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos informaram, nesta terça-feira, que o furacão Rita deve chegar até a categoria 4 na escala Saffir-Simpson, que vai até cinco. Rita deve ganhar força ao passar pelas águas quentes do Golfo de México e deve mudar de categoria às 14h (horário local, 15h horário de Brasília) desta quarta-feira, informou a CNN

Na tarde desta terça-feira, o furacão se fortaleceu e passou para a categoria 2 da escala de intensidade Saffir-Simpson, que vai até cinco. O fenômeno está provocando fortes chuvas e inundações nos Cabos da Flórida.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, está acompanhando "muito de perto" a trajetória do furacão Rita, que afetou os Cabos da Flórida e ameaça essa semana os estados do Golfo do México.

- Rezamos para que não se trate de outra tempestade devastadora - disse Bush em referência à Rita, em uma das declarações que fez hoje em Nova Orleans, onde esteve para visitar as áreas de reconstrução, após a passagem do furacão Katrina.

Às 12h15m (hora de Brasília) desta terça-feira, após passar por algumas horas pela águas quentes do Estreito da Flórida que lhe serviram de combustível, Rita aumentou a força de seus ventos e se transformou em furacão de categoria dois.

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, com sede em Miami, informou que "dados recolhidos por um avião de reconhecimento" indicam que os ventos de Rita alcançaram a velocidade de 160 quilômetros por hora.

De acordo com o órgão, Rita se move em direção oeste-noroeste a cerca de 24 quilômetros por hora e se aproxima da costa do balneário cubano de Varadero em sua rota para o sul da Flórida.

O furacão começou a afetar com força ao Caribe, deixando em seu rastro intensas chuvas e fortes ventos, enquanto os meteorologistas afirmam que seu centro passará sobre o arquipélago nas próximas horas.

Rita está concentrado no momento no Cabo Hueso, no extremo sul da Península da Flórida, provocando ondas de três metros de altura e ocasionando tempestades de areia nas praias. O furacão apresenta ventos máximos sustentáveis de 120 quilômetros por hora.

Em meio a um céu nublado e intensa chuva, a Guarda Costeira informou nesta terça-feira que um avião com um número indeterminado de pessoas a bordo desapareceu perto de Miami. Uma operação foi iniciada para tentar localizar a aeronave e realizar seu resgate.

Em Cuba, as autoridades cubanas retiraram mais de 58 mil pessoas das províncias centrais da ilha devido à ameaça do furacão.Apesar de Rita ainda não ter provocado danos graves no país, as autoridades ordenaram a saída das pessoas das províncias de Ciego de Avila, Villa Clara, Sancti Spíritus, Matanzas, Havana e Cidade de Havana, que estão sob alerta de furacão.

Os especialistas do Centro Nacional de Furacões informaram que o furacão pode causar sérios danos e continuar se intensificando quando chegar o centro do Golfo do México, em rota permanente até o Texas e a Louisiana, estados cujas costas foram devastadas pelo furacão Katrina no dia 29 de agosto deste ano.

A área metropolitana de Miami e o condado vizinho de Broward, ao sul da Flórida, estão sob uma intensa chuva e rajadas de vento de 96 quilômetros por hora foram registradas na noite desta segunda-feira.

Os fortes ventos arrancaram partes de árvores, semáforos e fizeram voar pelos ares os escombros que não foram retirados ainda das ruas desde que o Katrina passou por Miami, no dia 25 de agosto.

Mais de dez mil casas e estabelecimentos comerciais estão sem luz, segundo a companhia FPL. As ruas dos Cabos da Flórida, de Miami e de Fort Lauderdale estão desertas, já que as escolas, gabinetes públicos e a maioria das lojas não abriram.

Devido à possível passagem de Rita, os moradores de Nova Orleans voltaram a se preparar para sair da cidade nesta terça-feira. Mas os residentes que voltaram à cidade após a tragédia do Katrina prometeram ficar.

O prefeito Ray Nagin, cujo plano de trazer os residentes de volta os residentes foi questionado pelo presidente George W. Bush, suspendeu os planos de levar as pessoas para a cidade e pediu que todos deixem Nova Orleans antes da chegada do furacão Rita, que, segundo ele alertou, pode inundar novamente as ruas.

Mas os moradores que sobreviveram ao Katrina sem sair da cidade ou os que voltaram para Nova Orleans, mesmo com a falta de água e energia, estão relutantes em deixar a cidade.

- Eu vou ficar. Não acredito que Rita vá passar por aqui - disse Scott "Hound" Peterson, 37 anos, que passou os dias após a tragédia do Katrina navegando em uma canoa em seu bairro inundado.

Bush está tentando mostrar o progresso feito na reconstrução das cidades danificadas pela passagem do Katrina, para compensar a resposta lenta que sua administração deu à tragédia.

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