Moradores de Nova Jersey se preparam para a chegada do fucarão Sandy| Foto: William Thomas Cain/Getty Images/AFP
Imagem de satélite mostra furacão Sandy no Caribe
Mulher caminha em meio a casas destruídas em Cuba
Garoto na Jamaica tira foto de árvore derrubada pelos ventos do furacão Sandy, durante sua passagem pelo Caribe. No Haiti, ao menos 26 pessoas morreram
Furacão causa efeitos na costa da Flórida
Homem caminha em meio à destruição causada pelo furacão Sandy em Cuba
O nível de alguns rios em Porto Príncipe, no Haiti, subiram perigosamente com a passagem do furacão Sandy
Haitianos em rua alagada após a passagem do furacão Sandy
Cubanos observam estragos causados pelo furacão Sandy

O furacão Sandy, que matou 59 pessoas no Caribe, recuperou força na tarde deste sábado (27) e ameaça agora a costa leste dos Estados Unidos, onde pode formar uma gigantesca tormenta ao encontrar a frente fria que avança do norte.

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Sandy, que havia passado à tormenta tropical na madrugada de sábado, voltou à categoria de furacão durante o dia, com ventos firmes de 110 km/h a 120 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões (CNH), com sede em Miami.

O fenômeno "está produzindo fortes ventos sobre o Atlântico, do norte das Bahamas até as proximidades da Carolina do Norte", e se desloca a 18 km/h, informou o CNH às 18H00 GMT (16H00 Brasília).

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Na tarde deste sábado, Sandy estava 395 km a norte-nordeste da ilha Gran Abaco, nas Bahamas, e a 540 km a sudeste de Charleston, na Carolina do Sul.

"A previsão é que Sandy se afaste do noroeste das Bahamas seguindo em paralelo à costa sudeste dos Estados Unidos durante o final de semana", explicou o CNH.

Segundo os especialistas, se mantiver esta trajetória na terça-feira o furacão deve se chocar com uma frente fria vinda do norte, o que pode causar um fenômeno muito violento que seria sentido em Richmond (Virgínia), Washington DC e Nova York, entre outras grandes cidades.

No Haiti, Sandy matou 44 pessoas e deixou importantes danos na agricultura e nas infraestruturas rodoviárias do país, que ainda trata de superar as terríveis consequências do terremoto de 2010.

Segundo o último boletim da Direção da Defesa Civil haitiana, 44 pessoas morreram, doze estão desaparecidas e 19 sofreram ferimentos importantes com a passagem do furacão.

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As novas vítimas foram reportadas no departamento do Oeste, que inclui Porto Príncipe, onde morreram 20 pessoas. Em Grand-Goave e Petit-Goave, duas cidades a 50 km da capital, a Defesa Civil apurou 12 mortos em um deslizamento de terra.

Sandy também matou 11 pessoas em Cuba, dois na República Dominicana, um nas Bahamas e um na Jamaica

Nos Estados Unidos, o fenômeno será sentido na última semana de campanha eleitoral, e as autoridades temem que ocorram danos que tenham impacto no desenvolvimento da eleição, tanto nos eleitores em um país onde o voto não é obrigatório quanto na disponibilidade das urnas de votação, assim como na campanha do presidente Barack Obama e de seu rival republicano, Mitt Romney.

O temor sobre este fenômeno é alto toda vez que é comparado com o Irene, que atingiu a região em 2011. Inclusive foi batizado de "Frankenstorm" pela proximidade do furacão com a celebração do Halloween, na próxima quarta-feira nos Estados Unidos.

O furacão Irene deixou 47 mortos e perdas de 10 bilhões de dólares no leste dos Estados Unidos.

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"Em comparação com o Irene, esperamos um impacto muito mais amplo. O mesmo com o vento", disse James Franklin, chefe do CNH, durante uma coletiva de imprensa por telefone na sexta-feira.

"Sabemos que alguém será atingido. Só que não podemos dizer quem será este alguém", indicou Franklin.

Em agosto de 2011, o Irene varreu regiões da Carolina do Norte, Virgínia, Nova Jersey e Vermont.

Para Craig Fugate, diretor do gabinete de emergência federal FEMA, trata-se de "uma grande tempestade e seu impacto será sentido muito além de seu centro", afirmou em um comunicado, no qual convocou a população da Flórida a permanecer em alerta.

O CNH emitiu advertências para o norte da costa leste da Flórida até as zonas costeiras da Carolina do Norte, onde teme-se que Sandy chegue na segunda-feira à noite ou na terça-feira trazendo intensas chuvas e fortes ventos que seriam sentidos em vários estados do leste e norte do país.

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O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou que a cidade começou a se preparar para a possível chegada do Sandy, assim como fez com o Irene em agosto de 2011, quando 370 mil pessoas abandonaram seus lares de forma preventiva no sul de Manhattan.

Nos Estados de Nova York, Virgínia e Carolina do Norte, as autoridades declararam emergência nas zonas costeiras mais vulneráveis ao fenômeno climático.

Veja os estragos provocados pelo furacão