O furacão Wilma provocou a morte de pelo menos seis pessoas na Flórida. O fenômeno avança na manhã desta terça-feira pelo Oceano Atlântico, em direção nordeste, com ventos de até 185 quilômetros por hora, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.

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Wilma se move com uma velocidade de quase 85 quilômetros por hora. Os meteorologistas esperam que esse deslocamento continue pelas próximas 24 horas, fazendo com que o furacão se mantenha bem longe da costa nordeste dos Estados Unidos.

O furacão também deixou sem eletricidade quase sete milhões de americanos. As companhias de avaliação de risco disseram que a tormenta causou até US$ 10 bilhões de prejuízos ao sacudir essa região da Península da Flórida como um poderoso furacão de categoria 3, depois de se fortalecer em sua passagem pelo Golfo do México, onde matou 17 pessoas no Caribe.

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Wilma atingiu na manhã desta segunda-feira a cidade de Naples e se moveu rapidamente de Everglades em direção à povoada costa leste, afetando a populosa zona de Miami, Fort Lauderdale e West Palm Beach.

Entre os seis vítimas na Flórida, um homem atingido por uma árvore no subúrbio Coral Springs em Fort Lauderdale. Duas pessoas morreram no Condado de Collier, no sudoeste da Flórida, e outra no Condado de St. Johns, no nordeste do estado.

A companhia Flórida Power & Light, principal fornecedor de eletricidade do estado, disse que 3,2 milhões de lares, o que representa cerca de sete milhões de pessoas, estão sem energia e podem passar dias e até semanas até que o fornecimento seja restabelecido.

O aeroporto internacional de Miami sofreu danos que vão deixá-lo fechado durante vários dias, declarou o prefeito de Miami-Dade, Carlos Alvarez, cidade onde somente 18 dos 5.600 sinais de trânsito funcionavam.

Temores de que se produzam saques como os ocorridos depois da passagem do furacão Katrina por Nova Orleans, no fim de agosto, levaram as autoridades de vários condados da Flórida a declarar o toque de recolher. Um grupo de pessoas foi preso por saquear.

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Wilma é o oitavo furacão que atinge a Flórida em 15 meses, uma amostra sem precedentes da fúria da natureza que para os meteorologistas é o resultado de uma volta do Atlântico a um período de forte geração de tempestades tropicais que pode durar outros 20 anos.

O furacão havia se enfraquecido três dias depois de castigar as praias de Cancún e Cozumel no México, mas voltou a se fortalecer e alcançou nesta segunda-feira a Flórida com ventos de 200 km/h.

A temporada de 2005 de furacões no Atlântico, que termina em 30 de novembro, já se tornou a mais intensa desde que há registros, em 150 anos, com a formação no sábado da vigésima segunda tempestade tropical, batizada de Alfa.

A temporada incluiu três dos mais intensos furacões na História do Atlântico. Katrina devastou Nova Orleans em agosto e matou 1.200 pessoas, Rita atingiu a fronteira entre os estados do Texas e da Louisiana há três semanas e o Wilma registrou a mais baixa pressão alcançada por uma tempestade no Atlântico.

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