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O poderoso furacão Wilma ameaçava provocar graves danos em sua lenta passagem pela península de Yucatán. Os ventos de 200 quilômetros por hora derrubaram casas, arrancaram árvores e deixaram milhares de turistas presos em refúgios lotados. No entanto, o furacão foi rebaixado para categoria 3 na escala Saffir-Simpson, de cinco pontos.

O enfraquecimento do olho do furacão levou alívio à Playa del Carmen nas primeiras horas deste sábado, mas o lado norte da tormenta estava "realmente castigando o noroeste de Yucatán", segundo informações do Centro Nacional de Furacões dos EUA divulgadas por volta das 6h (horário de Brasília).

De acordo com o informe, o olho do furacão estava a 40 quilômetros ao sul de Cancún e se mantinha imóvel. A estimativa é de que a tormenta registre um giro gradual em direção ao norte ainda neste sábado.

Lâminas de metal se desprendiam dos tetos das casas na Playa del Carmen e voavam pelas ruas. A lenta tormenta atingiu a costa por mais de 24 horas e a expectativa é de que continue na área pelo menos até a noite deste sábado, elevando o risco de uma catástrofe.

Segundo as autoridades, até o momento, não há informações de mortes e que mais de 50 mil pessoas haviam sido retiradas da região.

- É um monstro - disse Guadalupe Torroella em Cancún, onde a água do mar inundou os hotéis internacionais do luxuoso balneário turístico.

- Estamos falando de um furacão recorde no que se refere às chuvas - afirmou o meteorologista Alberto Hernández Unzon, segundo o qual, o Wilma, segundo maior furacão da temporada, teria um diâmetro de 800 quilômetros.

Nesta semana, as chuvas provocadas pelo Wilma deixaram dez mortos no Haiti, ao mesmo tempo em que Cuba foi castigada por vários tornados quando o furacão atingiu a parte oeste da ilha.

A expectativa é de que o Wilma comece a castigar o sul da Florida no domingo. Apesar de os meteorologistas estimarem que o fenômeno perderá força até lá, as autoridades locais ordenaram que os turistas abandonem as ilhas locais.

Segundo as previsões, o furacão atingiria com força a peníncusla de Yucatán e áreas não povoadas nas montanhas do oeste de Cuba.

- A peníncula de Yucatán será fortemente golpeada. O Wilma continuará castigandoa região por pelo meno mais 24 horas - afirmou Max Mayfield, diretor do centro Nacional de Furacões dos EUA.

Ao longo de toda a Riviera Maya mexicana, milhares de turistas se aglomeravam em ginásios e escolas.

A expectativa é de que as instalações petrolíferas e de gás do Golfo do México, seriamente afetadas pelos furacões Katrina e Rita, em agosto e setembro, respectivamente, fiquem a salvo, apesar de os laranjais da Florida correrem perigo.

Embora ainda faltem seis semanas para encerrar a temporada de furacões, que já produziu três dos ciclones mais intensos de que já se teve registro. Especialistas acreditam que o Atlântico iniciou um período de alta atividade ciclônica e que pode durar outros 20 anos.

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