O número de fortes furacões, como o devastador Katrina, significantemente aumentaram nos últimos 35 anos, provocados por mares mais quentes associados ao aquecimento global, informaram cientistas nesta quinta-feira. O número de grandes furacões, com classificação 4 ou 5, dobrou desde 1990 em comparação com o período entre 1970 e 1985, descobriram os pesquisadores ao realizarem uma pesquisa global.
Mas o número total de ocorrência de furacões diminuiu desde a última década, escreveram os cientistas em um artigo publicado na edição desta semana da revista 'Science".
O aumento dos furacões destrutivos em todo o mundo acompanha a elevação da temperatura do mar, afirmou Judith Curry do Instituto de Tecnologia da Geórgia.
- Essa tendência na temperatura da superfície do mar que está progressivamente aumentando e na intensidade dos furacões significa que podemos dizer, com alguma confiança, que esses dois fatores estão associados e que há provavelmente uma contribuição substancial por parte dos gases tóxicos - afirmou Curry, em uma teleconferência.
Superfícies quentes do mar ajudam a formar furacões. Quanto maior a temperatura da água, mais forte o fenômeno pode se tornar, explicou Peter Webster do Instituto de Tecnologia da Geórgia.
O vapor da água que evapora da superfície do mar para a atmosfera eventualmente se condensa como chuva, liberando calor e desencadeando um ciclone tropical, com um padrão espiral que pode se tornar um furacão.
Quanto mais quente a superfície do mar, maior a quantidade de potencial evaporação e maior o 'combustível' para um possível furacão, disse Webster. E até mesmo pequenos aumentos na temperatura da superfície do mar podem causar rápidos aumentos na evaporação.
A temperatura da superfície do Oceano Atlântico aumentou cinco graus Celsius desde 1970, disseram os pesquisadores.
Eles observaram, no entanto, que apenas 12% dos furacões do mundo se formam no Atlântico, então eles analisaram dados da década de 1970. Eles descobriram que o número e duração dos furacões permaneceu em geral estável, mas a intensidade aumentou.
Uma vez que os resultados foram similares em todo o planeta, os cientistas descontaram a variabilidade natural como a causa. As descobertas estão de acordo com pesquisas publicadas recentemente na revista "Nature", que afirmam que os furacões ficaram mais destrutivos nos últimos 30 anos.
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